Outros nomes populares: pau de tucano, cinzeiro, caixeta, cinzeira, coxa de frango, rabo de tucano, rabo de arara, canela santa, amarelinho, vinheiro do mato, pau doce;
Origem: Brasil, principalmente o centro-sul, entre Santa Catarina, Bahia e Mato Grosso - inclui Minas Gerais;
Ecologia: espécie heliófita, pioneira, perene, rústica, de crescimento lento, típica de climas tropicais ou tropicais de altitude dos domínios do Cerrado e da Mata Atlântica. Aparece com mais frequência em florestas semi deciduais primárias e abertas e secundárias (capoeiras e capoeirões), bastante tolerante a solos pobres e arenosos (uso agroflorestal);
É frequente nas florestas semi deciduais da região de Ravena (Sabará), como na RPPN Colina dos Tucanos, região metropolitana de Belo Horizonte, além de áreas de parques da própria capital, como no Parque da Serra do Curral. O pólen de suas flores é fonte de alimentação de pássaros e insetos e sua casca, quando ferida, produz goma (seiva) consumida pelos saguis;
Diz-se que seu principal nome popular “pau-de-tucano" deve-se ao barulho provocado pela movimentação e atrito de suas folhas secas durante a segunda metade do inverno (especialmente durante o mês de agosto), que lembra a vocalização dos tucanos. Agosto é o último mês do inverno em Minas Gerais, período de estiagem, quando as folhas do pau-de-tucano ficam secas e duras, e também é um mês conhecido por ser ventoso. O vento mais forte propicia o choque das folhas umas com as outras e, em um bosque de paus-de-tucano ainda folhados, o resultado sonoro pode ser bastante interessante e justificar este nome popular;
Porte: árvore de 8 a 12 m de altura e até 40 cm de diâmetro de tronco, que é cilíndrico, reto até a primeira bifurcação e bem rugoso (fissurado). A copa é arredondada e densa, bastante ornamental;
Folhagem: folhas verde-escuras, verticiladas (4 por nó), ligeiramente elípticas, perenes, glabras e coriáceas, que se dispõem voltadas para o alto - característica que ajuda na identificação da espécie;
Floração: inflorescências em belas espigas formadas por flores amarelas que cobrem boa parte da copa durante a primavera e o verão. Lembra um pouco a floração da sibipiruna e da canafístula, quando vista a distância;
Frutificação: cápsulas verdes a marrons quando maduras, em formato semelhante às carambolas, com várias sementes aladas dentro. Se formam durante o final do inverno e o começo da primavera;
Uso paisagístico: a fruta-de-tucano, apesar de ser pouco tradicional no paisagismo convencional, apresenta silhueta e floração extremamente ornamentais, o que permite seu uso na arborização em geral. Também é adequada para reflorestamentos em áreas degradadas.