Biologia da Paisagem

Folhas da salsa-da-praia-brava.

Ipomoea “pes-caprae” brasiliensis – salsa da praia brava

Outros nomes populares: batata-da-praia, batata-do-mar, pé-de-cabra;


Origem: ​Brasil, nas porções litorâneas de todos os estados costeiros, desde o Pará até o Rio Grande do Sul​;


Família: Convolvulaceae;


Ecologia:​ planta terrícola, extremamente rústica, típica de áreas ensolaradas e abertas de restingas, mesmo sobre a areia nas praias, como em Fernando de Noronha e todo litoral brasileiro, onde forma tapetes verdes sob alta salinidade, calor e solos pobres e arenosos. Está presente, portanto, nos domínios da Mata Atlântica (todo o leste brasileiro) e da Amazônia (Pará e parte do Maranhão);

A partir dos fosfatos presentes na maresia, esta planta melhora a condição do solo e permite que outras cresçam, de forma que mantém-se os sedimentos retidos. Tem crescimento rápido e é potencialmente invasora em determinados ambientes:

Salsa-da-praia em Fernando de Noronha.

Salsa-da-praia forrando praia em Fernando de Noronha (PE). Foto em 12/02/2015.

Grande maciço de salsas-da-praia-brava.

Grande maciço de salsas-da-praia-brava presente na restinga da praia de Itaparica, em Vila Velha - ES.

Porte: herbácea ou liana baixa em altura, porém vigorosa horizontalmente, sustentada por ramos espessos e suculentos;


Folhagem:​ folhas grandes, verdes, pecioladas, coriáceas, em formato de pata de vaca ou de cabra, motivo de um de seus nomes populares. São eretas, sempre voltadas para cima, e apresentam nervuras bem aparentes, ornamentais quando em contraste com o sol ou claridade:

Folhas da salsa-da-praia-brava.

Floração:​​ flores grandes, tubulosas, liláses ou róseas, em cujo interior há um desenho de estrela. Não dominam a folhagem;

Uso paisagístico: a salsa-da-praia-brava é pouco utilizada no paisagismo, tendo maior aplicação em composições temáticas, como ocorre no entorno do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, que procura um paisagismo mais natural, que represente o bioma da região.

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