Origem: Brasil (Minas Gerais);
Família: Melastomataceae, a família das quaresmeiras;
Ecologia: espécie tropical, umas das mais raras do gênero, terrícola, endêmica do Brasil e nativa dos campos rupestres de Minas Gerais, especialmente dentro do domínio do Cerrado. Apresenta ocorrência confirmada em Caeté (Serra do Córrego das Congonhas) e Santana do Riacho, na região da Serra do Cipó. Para este artigo, foram observadas em terreno rochoso do Parque Estadual do Ibitipoca – Lima Duarte (MG). É semelhante às espécies L. canastrensis, porém com folhas mais estreitas que ela, L. imbricata, com uma pétala a menos por flor, e L. tetragona, com folhas um pouco maiores, menos glabras e mais largas, com margens rasas crenuladas (pelo menos distalmente) e uma quila meio-ventre proeminente abaxialmente;
Porte: subarbusto ereto, adornado ou tortuoso e semi-prostrado, parcialmente lenhoso, entouceirado (de aparência ericoide), de até 30 cm de altura. Seus raminhos são bastante ornamentais;
Folhagem: folhas glabras, diminutas, verdes a verde-amareladas, estreitas, curtas, lanceoladas e duras - características que justificam o epíteto específico de seu nome – com apenas 1 nervo, dispostas organizadamente uma acima da outra de forma oposta e cruzada, muito próximas umas das outras e sustentadas por pecíolos muito curtos. São mais frouxas nas ramificações distais, ocultando os entrenós;
Floração: inflorescências muito vistosas, formadas, no ápice da planta, por uma ou duas flores róseas e glabras com 5 pétalas cada e 5 estames grandes, amarelos e contrastantes. No Parque Estadual do Ibitipoca, foram observadas durante o verão;
Frutificação: cápsula globosa diminuta;
Uso paisagístico: espécie rara, sem tradição no mercado do paisagismo, porém alto potencial para composições pequenas, em canteiros e pequenos jardins, especialmente entre pedras, além de vasos e jardineiras externas.