Origem: Brasil, entre os estados do Paraná e Bahia, passando por Minas Gerais, além de Goiás;
Família: Melastomataceae;
Ecologia: espécie terrícola, endêmica do Brasil, nativa dos domínios do Cerrado e da Mata Atlântica, em formações campestres (como campos limpos, de altitude e rupestres), savânicas e florestais (como matas ombrófilas). Em Minas Gerais, foi encontrada no Parque Nacional da Serra da Canastra, nas margens do Rio São Francisco (parte alta da Cachoeira Casca d'Anta). É semelhante a L. sampaioana.
É uma espécie dotada de expressiva variedade morfológica que traz dificuldades até mesmo para os especialistas, especialmente quanto ao tamanho foliar, comprimento, natureza e abundância dos tricomas nas margens foliares, forma, tamanho, textura e coloração do lobo do cálice, o tipo de cílios marginais nos lóbulos do cálice, tamanho das pétalas e distribuição e abundância de pubescência no hipanto. Apresenta muitas variantes que, eventualmente, podem ser consideradas espécies distintas.
De acordo com Cronck (1998), a origem de tamanha variação “invoca-se processos de isolamento e recusa conduzidos pela mudança climática do Pleistoceno ou a rápida expansão populacional de um generalista colonizador poderia resultar nos padrões observados sem uma fase alopátrica;
Porte: arbusto ou subarbusto de porte baixo e aspecto pouco robusto;
Folhagem: folhas verdes, opostas dísticas, abundantes, diminutas, ciliadas, dispostas de forma que os entrenós ficam subentendidos, de ápice agudo, semelhantes a escamas, com até 3 nervuras;
Floração: flores hexâmeras (6 a 7 pétalas), grandes quando comparadas com o tamanho da planta, róseas com base amarelo-branca ou creme, bastante ornamentais:
Frutificação: cápsula globosa;
Uso paisagístico: espécie de expressivo valor ornamental devido a sua forma e suas flores róseas, adequada para plantio isolado ou, preferencialmente, agrupado em espaços pequenos e abertos, especialmente entre rochas.