Origem: Brasil (Minas Gerais);
Família: Melastomataceae, a família das quaresmeiras e dos manacás;
Ecologia: espécie terrícola, tropical, endêmico do estado de Minas Gerais (Brasil), em formações savânicas e, principalmente, campestres do domínio do Cerrado, especialmente os campos rupestres. No Parque Estadual do Biribiri (Diamantina – MG), foi encontrada em área aberta, associada a poço de água acumulada de cursos d’água. É semelhante a L. crassifolia, porém costuma ter mais pétalas que ela (6-8 x 5-7), lóbulos de cálice menores, pétalas de cor mais magenta e mancha horizontal ou faixa de branco ou amarelo bem mais evidente na base adaxial e ausência dos tricomas nodais na base adaxial de cada lâmina foliar:
Porte: arbusto ou subarbusto ramificado, rígido e ereto, sustentado por ramos arredondados, rígidos e sulcados. Os nós apresentam cicatrizes foliares. O indivíduo encontrado para este artigo apresentava entre 50 e 80 cm de altura;
Folhagem: folhas verdes a verde-amareladas, às vezes avermelhadas, pequeninas, largas, simples, aparentemente glabras, espiraladas, dispostas organizadamente muito próximas umas das outras. São sustentadas por pecíolos muito curtos e várias partes associadas são muito pequenas;
Floração: inflorescências observadas durante o final do inverno no Parque Estadual do Biribiri (Diamantina – MG), em dicásios formados por flores terminais muito vistosas e ornamentais, com 6 a 8 pétalas triangulares róseas a magenta, com mancha branca na base adaxial e estames amarelos contrastantes. Há relatos de até 10 pétalas por flor, porém a maioria tende a 8. Os lobos do cálice são agudos, persistentes após a antese, têm formato triangular e podem terminar em um tricoma com glândula:
Frutificação: cápsulas diminutas com sementes marrons minúsculas em seu interior;
Uso paisagístico: espécie sem tradição no mercado do paisagismo, porém com alto potencial para composições pequenas, em canteiros e pequenos jardins, especialmente entre pedras, além de vasos e jardineiras externas.