Sinonímias: Davilla villosa; Davilla cuatrecasasii;
Origem: Brasil, nos estados do centro do país e suas vizinhanças. Não ocorre na Amazônia, em boa parte do Nordeste brasileiro, próximo do litoral, em MS e no Sul do país;
Família: Dilleniaceae;
Ecologia: espécie tropical, terrícola, amplamente distribuída em formações campestres e savânicas dentro do domínio do Cerrado, onde vive em grandes populações, principalmente áreas elevadas de campos rupestres. Na RRPN Colina dos Tucanos, foi encontrada em área de savana a 1100 m de altitude. Também pode ser encontrada no chaco da Bolívia. É semelhante a D. grandiflora e D. lacunosa:
Porte: subarbusto ou arbusto de porte baixo, raramente lianas, sendo os indivíduos encontrados na RPPN Colina dos Tucanos menores que 1,5 m de altura. É sustentado por caule ereto, tortuoso e ramos cilíndricos;
Folhagem: folhas verde-escuras, simples, alternas, elípticas a arredondadas, coriáceas, de margem inteira, sustentadas por pecíolos curtos, profundamente marcadas pelas nervuras primárias e secundárias que extendem-se até a margem, orientadas para o ápice com uma gradual diminuição de calibre sem tocar a margem e ligada a adjacente através de uma série de nervuras terciárias, de forma que o limbo foliar apresenta um denticulado de textura bastante característica. Apresenta tricomas simples brancos ao longo do limbo;
Floração: inflorescências relativamente grandes, terminais ou axilares, formadas por pequenos conjuntos de muitas flores amarelas, pentâmeras e tomentosas e estames numerosos, envoltos por sépalas em geral tomentosas. As sépalas são verdes quando em floração, amarelas, alaranjadas ou avermelhadas quando em fruto, e as pétalas são amarelas, em formato de espátula, membranáceas, glabras em ambas as faces;
Frutificação: folículos globosos, nas cores amarelo, alaranjado ou avermelhado, onde há sementes vinosas a negras, assimétricas, rugosas, glabras, recobertas por arilo branco quase até o ápice.
Na RPPN Colina dos Tucanos - região metropolitana de Belo Horizonte/MG – foram observados durante o outono:
Uso paisagístico: apesar da ausência de sua relevância no mercado do paisagismo, apresenta grande potencial para tal, devido aos seus frutos verdes, amarelos a profundamente vermelhos na maturidade, que chamam a atenção na copa. Suas folhas, também muito ornamentais pela textura característica, criam um contraste interessantíssimo com a coloração deles. Ideal para pequenos espaços abertos de jardins e canteiros em geral, inclusive em vasos.