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Pampulha, Belo Horizonte

Biologia da Paisagem

Liquidambar de grande porte e folhagem alaranjada.

Liquidambar styraciflua – liquidâmbar

Outros nomes populares: goma doce, liquidâmbara, árvore-do-jacaré; 

 

Origem: América do Norte; 

 

Família: Altingiaceae;


Ecologiaplanta caducifólia, monóica, típica de locais ensolarados e marcados por estações do ano contrastantes, não à toa suas folhas mudam de cor antes de caírem no outono. Toleram, dessa forma, ampla variação anual e diária de temperatura, inclusive frio e geadas;

 

Porte: árvore de 20 a 25 m de altura, sustentada por tronco ereto, de casca escura e muito fendida, tanto longitudinal quanto transversalmente nas plantas adultas; 

 

Folhagem: folhas aglomeradas no ápice dos ramos, sustentadas por longos pecíolos, palmatilobadas, com 5 a 7 lobos profundos, levemente curvos e serrilhados nas margens. São verdes, porém adquirem tonalidades outonais em locais propícios, não tropicais. O conjunto forma ramagem densa, de copa cônica ou piramidal. 

 

Em Belo Horizonte, devido à ausência de um inverno bem definido e constante, a planta apresenta primórdios de mudança de cor das folhas, que começam a ficar amarelas e vermelhas entre julho e agosto, mas não completam o processo:

 

 

Floração: inflorescências masculinas e femininas terminais e globosas. São separadas, porém formam-se na mesma planta;

 

Frutificação: cápsulas globosas e espinhosas verdes, amarelas a marrom-escuro, de acordo com o grau de maturação;

Uso paisagísticoárvore de grande porte, adequada para arborização de áreas abertas e amplas de praças, parques e grandes jardins, especialmente nos locais mais amenos do sul e elevados do Sudeste do Brasil, onde podem adquirir tonalidades outonais das folhas antes de caírem. É adequada ao reflorestamento pelo fuste retilíneo e qualidade da madeira.

É muito comum na cidade de Curitiba - PR, no entanto, também pode ser encontrada, isoladamente, nas ruas de Belo Horizonte:

Liquidâmbar no bairro São Luiz (BH) durante o inverno. A árvore começa a mudar de cor na cidade, mas não completa seu ciclo natural.

Liquidâmbar no bairro São Luiz (BH) durante o inverno. A árvore começa a mudar de cor na cidade, mas não completa seu ciclo natural.

One thought on “Liquidambar styraciflua – liquidâmbar

    1. Oi, Fábio, obrigado. De qual cidade? No clima daqui, como pode ver, elas vivem muito bem e saudáveis, porém aqueles tons outonais lindos que a gente almeja aparece de forma tímida. Um professor meu já dizia que essas árvores de climas frios (temperados) vivem muito bem em regiões tropicais, desde que haja CHUVA suficiente. A umidade do solo compensa a falta de frio.

      1. Sou de Ribeirão Preto-SP, o clima aqui é igualzinho o clima do Oeste Mineiro.
        Inverno seco demais e dias de frios de verdade são poucos.
        Plantei uma araucária e a mesma esta crescendo linda e olha que ela é do frio também.
        Provavelmente o liquibamdar vai crescer, mas não terá suas cores características do inverno por aqui ser uma cidade quente.
        É aquilo, a natureza é maravilhosa e se adapta a tudo.

        1. A araucária tolera mais o nosso clima pelo fato de ser nativa do Brasil. Ela é muito frequente no Paraná, onde o clima é subtropical, ou seja, com forte influência tropical. O liquidâmbar já é de climas mais frios mesmo, porém vai viver muito bem aí por causa das chuvas. Molhe bem enquanto muda!

        1. Adorei a matéria! Moro na capital paulista, e por aqui eles começam a adquirir cores outonais (nas extremidades dos galhos) já em maio, ficando totalmente vermelhos em julho e logo em seguida perdem as folhas. A partir de meados de agosto eles iniciam a brota de pequenas folhas verde claras, muito bonitas também.🍁
          Entretanto, esse comportamento só é observado em liquidâmbares de bairros periféricos da cidade – provavelmente devido a proximidade de grandes áreas verdes (cinturão verde paulistano), que acabam suavizando um pouco o efeito das ilhas de calor urbano nesses locais.🌇

          1. Essa diferença sutil do comportamento das árvores em cidades diferentes é muito interessante e algo que eu não posso mensurar se não contar com a ajuda de pessoas como vc, que moram nessas cidades – nada melhor que o conhecimento compartilhado. Como tá escrito no artigo, por aqui elas mudam parcialmente suas cores. Acredito que, em Curitiba, ela fique bem vermelha. Aí deve ser algo intermediário. Obrigado pela contribuição.

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