Biologia da Paisagem

Flores do ipê-verde.

Cybistax antisyphilitica – ipê verde

Outros nomes populares: caroba-de-flor-verde, ipê-verde, caroba-brava, ipê-mandioca, ipê-da-várzea, aipê, cinco-chagas, ipê-mirim, ipê-pardo, caroba-do-campo, carobinha-verde, jacarandá;


Origem: Brasil, em vários estados de norte a sul do país; 


Família: Bignoniaceae; 

Ecologia: espécie decídua, heliófita, pioneira, típica de várias formações florestais do Brasil, porém é mais frequente naquelas mais abertas, de maior influência savânica, como na Mata Atlântica estacional semidecidual e sua transição para o Cerrado. É particularmente frequente nos cerradões, em áreas de solo arenoso e pedregoso. 

É comum em áreas mais abertas nas florestas estacionais da Região Metropolitana de Belo Horizonte - MG. Neste ponto, há várias delas crescendo em ambiente bastante iluminado;

Porte: árvore de 4 a 20 m de altura e até 40 cm de diâmetro de tronco, que é revestido por casca grossa e fissurada:

Ipês-verde em regeneração.

Ipês-verde em regeneração após incêndio na RPPN Colina dos Tucanos (Sabará - MG).'

Ipês-verde em área aberta.

Aqui temos uma área aberta na região de Ravena (Sabará - MG), próximo à RPPN Colina dos Tucanos, desmatada a partir de formações florestais semidecuduais prévias, onde prevalecem vários indivíduos de ipê-verde, devido a sua característica pioneira. Grande parte desses arbustos da imagem são ipês-verde jovens.

Tronco: bastante ornamental, fissurado longitudinalmente e revestido por casca grossa;

Folhagem: folhas digitadas, compostas por 5 a 7 folíolos elípticos e de tamanhos variados. Desaparecem completamente durante a estiagem de inverno e retornam na primavera;

Floração: inflorescências em panículas terminais, formadas por flores tubulosas verdes, entre a primavera e o verão, junto do retorno da folhagem e também de alguns frutos. São parecidas com as flores dos ipês do gênero Handroanthus sp., porém a cor verde as deixa camufladas na folhagem;

Frutificação: cápsulas fissuradas longitudinalmente, verdes a pretas quando maduras (maio a outubro), com muitas sementes membranáceas e aladas em seu interior, facilmente levadas pelo vento a longas distâncias. Em Belo Horizonte, foram observadas no final de agosto;

Uso paisagístico: apesar de incomum, é ideal para arborização em geral, inclusive de ruas estreitas das cidades. Também é adequada para reflorestamento de áreas degradadas.

Há poucos indivíduos na área urbana de BH, porém ocorrem esporadicamente nas ruas, inclusive na UFMG, onde podem ser contemplados adultos e grandes, próximo ao ICB (Instituto de Ciências Biológicas). Na imagem, é possível perceber que estão com poucas folhas, em virtude do inverno.

Maciço de ipês-verde.

Sequência de ipês-verde na UFMG, próximo ao ICB (Instituto de Cências Biológicas). Foto no final de agosto de 2023.

Deixe um comentário