Biologia da Paisagem

Sumaúma no começo da primavera.

Ceiba pentandra – sumaúma

Outros nomes populares: árvore-da-seda, sumaúma-de-várzea, sumaumeira, árvore-de-lã, paina-lisa, sumaúma verdadeira; 

 

Origem: Amazônia brasileira, inclusive áreas marginais, como  MT e MA; 

 

Ecologia: espécie decídua, heliófita, nativa de áreas muito úmidas, pantanosas ou inundadas de toda a bacia amazônica, ou seja, de áreas de várzea. É símbolo da Amazônia, árvore nacional de Porto Rico e muito importante para os nativos, sendo considerado a “mãe-das-árvores”, “árvore-da-vida", “escada-do-céu” ou o “telefone da mata”.


Como depende de bastante sol para crescer, sua reprodução é mais frequentes em áreas mais abertas, como terrenos agrícolas abandonados. Cresce em solos úmidos e rasos, de forma que emitem sapopemas (raízes tabulares) para melhor estabilização, o que deixa seu tronco mais engrossado no terço inferior; 

 

Porte: grande árvore brasileira, de até 40m de altura e 1,6m de diâmetro de tronco, tamanho porte sustentado por sapopemas basais. Tem casca acinzentada e ramos aculeados quando jovens. Devido ao porte avantajado, serve, inclusive, de ponto de referência e local de descanso nas terras amazônicas; 

 

Folhagem: folhas verdes (esbranquiçadas na face abaxial), compostas digitadas (5 a 7 folíolos elípticos e glabros), alternas, espiraladas, com margem serrilhada, sustentadas por grandes pecíolos: 


 

Floração: inflorescências brancas a rosadas, bissexuadas, gamossépalas, com manchas púrpuras, isoladas ou agrupadas em fascículos, formadas  entre o fim do inverno e o começo da primavera:


Inflorescência da sumáuma.

Inflorescência da sumáuma, formada no começo de setembro, em BH.

 

Frutificação: frutos na forma de cápsula fusiforme, providos de sementes envoltas por pêlos (paina), que são fibras de celulose finas e delicadas e grande número de sementes. Surgem na primavera: 


Frutos da sumaúma.

Detalhe dos frutos - vagens grossas - da sumaúma, formados na primavera em BH.

 

Uso paisagístico: Pode ser plantada em grandes praças, parques urbanos ou reservas, fora isso é inadequada para arborização urbana. É rara em Belo Horizonte, porém está presente - ainda jovem - na praça Dino Barbieri (a praça da Igrejinha da Pampulha):






Reparem que o projetista teve o cuidado de colocar cova larga pra ela, já prevendo o grande crescimento da árvore e seus sapopemas basais.

Deixe um comentário