Origem: Brasil, principalmente entre o estado do Paraná até a Bahia e o Ceará, passando pela região Sudeste do Brasil;
Família: Euphorbiaceae;
Ecologia: espécie decídua, heliófita, presente em terrenos secos da Mata Atlântica do sudeste brasileiro e da BA, além do litoral norte do Brasil, entre PA e CE. Fornece alimento para muitas espécies, como a paca, tatu e cutia, que contribuem na dispersão de suas sementes - especialmente a cutia, que é imprescindível para a sobrevivência da espécie. Outros animais, como ratos silvestres e ouriço-cacheiro, são mais devoradores;
Porte: árvore robusta, pode superar os 20m de altura, com até 60cm de diâmetro de tronco, que é revestido por casca reticulada em tom marrom-claro;
Folhagem: folhas verde-escuras, digitadas, compostas por 3 a 5 folíolos originados de um mesmo ponto, como os dedos de uma mão aberta. São ovais a elípticos, membranáceos, com nervuras evidentes e ápice pontiagudo. Caem durante o inverno;
Floração: pequenos cachos (panículas) terminais de flores brancas ou arroxeadas, formados entre o inverno e o começo da primavera, junto do reaparecimento das folhas novas;
Frutificação: fruto esférico de casca muito dura, chamado de andá-açu, com uma amêndoa (semente) de efeito laxante em seu interior e de importância medicinal e industrial (substitui a linhaça). Amadurece no outono e é muito importante para a alimentação de diversos táxons da fauna. A cutia consegue romper a casca e chegar nas amêndoas, de forma que é a principal dispersora de sementes da espécie:
Uso paisagístico: árvore útil para o sombreamento de pastagens, porém pouco aconselhada para as cidades, devido ao peso dos frutos, exceto em parques e áreas isoladas. Em Belo Horizonte, está presente na arborização informal, dentro de lotes (vagos ou não). É fundamental para trabalhos de recomposição florística em áreas degradadas.