De acordo com Aziz Ab'Saber (1999), brejos são quaisquer porções de terrenos mais úmidos, como solos de matas ou filetes de água perenes ou subperenes, localizados no interior do domínio semiárido. Foi inicialmente empregado para designar as planícies encharcadas das serras úmidas sob a forma de vales suspensos.
A presença de bons teores de umidade, climas quentes e úmidos (com chuvas mais abundantes que no entorno), também são características marcantes. Ou seja, o conceito está associado a localidades secas do nordeste brasileiro, especialmente no contexto de serras.
No entanto, popularmente, percebe-se que o termo é usado em outros contextos, porém sempre associado a solos úmidos. De acordo com o Portal BHMap, há alguns brejos na cidade de Belo Horizonte, marcados em marrom no mapa abaixo:
Apesar de não constar no portal da PBH, há áreas alagadiças da orla da Lagoa da Pampulha que podem entrar na classificação de brejos, inclusive com presença maciça de espécies típicas desse ecossistema, como a taboa (Typha domingensis). Uma delas - mas não única - está localizada na frente do Zoológico, em área considerada como "corpo d'água", porém dominado por vegetação:
Literatura:
MEDEIROS, J.F. CESTARO, L. A. As diferentes abordagens utilizadas para definir brejos de altitude, áreas de exceção no Nordeste brasileiro. Sociedade e Território, Natal, vol. 31, N. 2, p. 105, Jul/Dez 2019.