Unidade de Conservação de Proteção Integral localizada no município de Diamantina, área central de Minas Gerais e porção central da Serra do Espinhaço, já próximo do norte do estado. Está localizada em área reconhecida como Reserva da Biosfera pela Unesco em 2005, onde a grande presença de campos rupestres sugere uma enorme biodiversidade.
O nome “biri” significa buraco e faz referência a um acidente geológico da região, onde foi implantada pela Igreja Católica uma fábrica de tecidos na primeira metade do século XX. Junto desta instalação, há diversos equipamentos urbanos de apoio aos trabalhadores que deram origem à Vila de Biribiri, hoje um dos atrativos do parque (embora seja uma área particular adjacente).
São praticamente 17.000 ha de vegetação campestre a savânica preservados dentro do domínio do Cerrado, inclusive a´reas de campos rupestres associadas às grandes altitudes do parque (entre 1000 e 1300 m). Os afloramentos rochosos estão espalhados por toda a área, de forma que muitas plantas rupícolas podem ser encontradas, como o agarrapé (Schwartzia adamantinum). Pontualmente, formações cerrádicas mais densas são encontradas, inclusive candeiais, além das matas ciliares associadas aos cursos d’água.
A fauna é composta, entre muitos outros animais, pelo lobo-guará, sussuarana e veado e a flora, por sempre-vivas, orquídeas, bromélias, canelas-de-ema, agarrapés, enorme quantidade de candeias, muitas gramíneas (plantas da família Poaceae), entre outras.
Entre os atrativos do parque, pode-se citar as cachoeiras dos Cristais e da Sentinela, diversos poços, a Vila do Biribiri (tombada pelo IEPHA, interessante para apreciar a culinária regional), as trilhas (Sentinela, Cristais e Caminho dos Escravos), as paisagens (mirante da Cruzinha, da Guinda e Casa dos Ventos) e sítios arqueológicos como pinturas rupestres, o “Caminho dos Escravos” e várias ruínas. A trilha dos escravos, em específico, é uma passagem construída no século XVIII para possibilitar o escoamento da produção de diamantes da região e, junto dos outros sítios arqueológicos, faz parte do patrimônio cultural de Diamantina.
O parque conta com portaria, sinalização e visitação todos os dias do ano, inclusive feriados, das 8h às 17h. Mais informações podem ser obtidas no site do IEF (Instituto Estadual de Florestas), órgão estadual gestor da UC.