Origem: América Central e do Sul, desde o México até o oeste da América do Sul. Atualmente, já está espalhada em outros estados, como os do Sudeste, Bahia, Pernambuco (inclusive Fernando de Noronha) e Goiás;
Família: Acanthaceae;
Ecologia: espécie terrícola, equatorial a tropical, naturalizada no Brasil, típica de ambientes sombrios de formações florestais densas ou semidecíduas dos domínios do Cerrado e da Mata Atlântica, inclusive em matas ciliares, restingas e área antrópica, onde pode adquirir característica de ruderal e daninha. Em Belo Horizonte, é encontrada em diversos contextos do ambiente urbano, especialmente quando protegida do sol direto, como no Parque Estadual Serra Verde, sob forte sombreamento na maior parte do dia.
Apesar de não constar como nativa do Brasil, a proximidade do país com sua área de ocorrência original abre esta possibilidade. É nativa tanto da Bolívia quanto da Guiana Francesa e de todos os países que fazem um contorno na região norte brasileira, de forma ser altamente provável sua presença natural em alguns pontos do bioma amazônico brasileiro;
Porte: erva ou subarbusto de porte baixo, normalmente inferior a 30 cm de altura, sustentado por caule ereto ou decumbente;
Folhagem: folhas verdes, ovais a elípticas, pubescentes, simples, opostas, verticiladas, marcadas pelas nervuras evidentes e sustentadas por pecíolos relativamente grandes para o porte da planta;
Floração: inflorescências em espigas terminais formadas por flores brancas a azuis/liláses. Uma interessante característica da espécie, muito relevante para sua identificação, são as brácteas folhosas verdes, semelhantes a folhas propriamente ditas:
Frutificação: cápsulas ovais;
Uso paisagístico: espécie de limitada relevância ornamental, porém suas inflorescências dotadas de brácteas folhosas podem ser exploradas pelo aspecto curioso e interessante, tanto no plantio em vasos quanto em canteiros, neste último caso especialmente na formação de maciços (relvados) em locais protegidos do sol direto.