Outros nomes populares: cânhamo, marijuana, hemp, fumo da angola;
Origem: Ásia central, norte do Afeganistão e arredores do Himalaia;
Família: Cannabaceae;
Ecologia: planta típica de ambientes ensolarados, de atributos industriais, medicinais, recreativos, psicoativos e religiosos, por isso tão polêmica e condenada pela Igreja há séculos. Apesar disso, se espalhou pelo planeta, inicialmente Ásia, depois Europa, África e, junto das navegações no século XVI, chegou nas Américas. A partir de seu caule (principalmente na espécie C. indica), é produzida uma fibra (cânhamo) historicamente utilizada na fabricação de cordas, tecidos (inclusive mastros de navios) e papel, além de óleo para pintura e iluminação pública.
Apresenta dezenas de substâncias psicoativas (que atuam no cérebro), especialmente o THC (Tetra Hidro Canabinol), que altera a percepção dos usuários do ambiente ao redor, inclusive o tempo e a memória, e pode causar sérios problemas pelo uso inadequado em pessoas de histórico familiar de transtornos psiquiátricos, como psicoses e quadros severos de ansiedade, além de causar dependência.
Uma dessas substâncias, o CBD (Canabidiol), tem propriedades inversas ao THC e o balanço de ambas determina o potencial de uso da planta: cânhamo e seus derivados, pelo predomínio de CBD (C. indica) e o psicoativo, pelo predomínio do THC (C. sativa).
Muito associada à cultura africana, atualmente, é proibida e/ou criminalizada em vários países, inclusive no Brasil, por diversos motivos, inclusive religiosos e ideológicos. Em outros, já existe um movimento de descriminalização e de aproveitamento de seu potencial medicinal. Dentre as várias espécies, as mais conhecidas são a C. sativa, C. indica e C. ruderalis.
Porte: herbácea de porte modesto e caule fino, de onde se extrai o cânhamo, fibra historicamente utilizado na fabricação de diversos produtos (descritos acima). A espécie C. indica é a mais rasteira e de folhas mais largas;
Folhagem: folhas verdes, simples, sustentadas por longos e espessos pecíolos, bastante recortadas em segmentos lineares e de aparência ornamental devido ao formato estrelado e irregular. É mais larga na espécie C. indica em relação à C. sativa;
Folhagem ornamental da C. sativa, de lobos bastante finos.
Floração: inflorescências amarelas, terminais, discretas, com pêlos granulosos. Nos indivíduos fêmeas, secretam uma resina de propriedades psicoativas, principalmente na C. sativa.
Uso paisagístico: devido à proibição por lei no território brasileiro, não se recomenda seu cultivo.