Outros nomes populares: timburi-do-cerrado, orelha-de-negro, vinhático-do-campo, favela-branca, angico-vermelho-do-campo, brincos-de-saguim, sene;
Origem: Brasil, desde o Nordeste até o estado de São Paulo (inclusive Minas Gerais), passando por Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul;
Família: Fabaceae;
Ecologia: espécie tropical, decídua, heliófita, xerófita, nativa de formações campestres e savânicas dentro do domínio do Cerrado, em formações primárias sobre terrenos secos e bem drenados. Em Minas Gerais, foi encontrada em área de cerrado típico, aberta e ensolarada, no município de Capitólio, na chamada Trilha do Sol, área particular preservada de Ecoturismo próximo ao Parque Nacional da Serra da Canastra.
A seiva das folhas e a goma da casca são reputadas como medicinais. A goma (resina da casca) tem poder adesivo como a goma arábica. A casca contém tanino e é empregada na indústria de curtume;
Porte: árvore ou arvoreta de até 6 m de altura, de copa arredondada e sustentada por troncos tortuosos e curtos de até 25 cm de diâmetro, que precedem ramos irregularmente tortuosos envoltos por casca bastante fissurada. Em alguns pontos de campos cerrado, pode apresentar-se como um pequeno arbusto;
Folhagem: folhas verdes, compostas bipinadas, formadas por folíolos graúdos glabros, opostos e discolores:
Detalhe das folhas bipinadas, formadas por folíolos graúdos do angico-de-minas.
Angico-de-minas arbóreo na Trilha do Sol (Capitólio - MG). Foto no final de setembro de 2023.
Floração: inflorescências em panículas de capítulos formadas por flores diminutas brancas a ligeiramente amarelas durante a transição do inverno para a primavera (agosto-setembro);
Frutificação: vagem coriácea, marrom-escura, curvada, com várias sementes marrons em seu interior, amadurecida no verão;
Uso paisagístico: espécie adequada para arborização em geral, especialmente devido ao seu formato exótico e característico das plantas do Cerrado brasileiro.