Origem: Brasil (Minas Gerais);
Família: Melastomataceae;
Ecologia: espécie terrícola, semidecídua, heliófita, pioneira, de crescimento rápido, nativa de formações florestais semideciduais dentro do domínio da Mata Atlântica, especialmente nas Serras da Mantiqueira e na Cadeia do Espinhaço, em matas ciliares e encostas de capões, onde podem ser particularmente abundantes. Na RPPN Colina dos Tucanos (Sabará - RMBH), foi observada na borda de área florestal a cerca de 970 m de altitude;
Porte: árvore ou arvoreta de até 6 m de altura, de copa globosa e baixa e ramos novos levemente tetragonais, sustentada por tronco curto e muito ramificado, de até 30 cm de diâmetro, que apresenta cor creme ou esbranquiçada muito ornamental. Pode se comportar como simples arbustos em determinadas condições de solo;
Folhagem: folhas verdes, discolores, simples, opostas, subcoriáceas e de margens inteiras. Apresentam pilosidade evidente e 3 nervuras curvas, sendo estas salientes na face inferior do limbo. Frequentemente adquirem coloração avermelhada na copa, não em grande quantidade, porém de forma isolada, ou seja, é comum ver a copa verde com pequenos pontos vermelhos (que são essas folhas vermelhas isoladas).
Floração: inflorescências em panículas terminais formadas por poucas flores relativamente grandes, de cor roxa ou lilás. Na RPPN Colina dos Tucanos (Sabará - RMBH), formaram-se entre o fim do inverno e o começo da primavera;
Frutificação: cápsulas discretas, lenhosas, na cor marrom, amadurecidas durante o verão, com muitas sementes diminutas em seu interior;
Uso paisagístico: espécie adequada para o plantio isolado ou agrupado, tanto em jardins residenciais como em ruas, avenidas e praças, inclusive sob fiação e em calçadas estreitas. É uma excelente opção para fugir do lugar comum que representam a quaresmeira tradicional (Pleroma granulosum) e o manacá-da-serra (Pleroma mutabile). Também é muito indicada para reflorestamentos.