Biologia da Paisagem

Inflorescências da guaçatonga.

Casearia sylvestris – guaçatonga

Outros nomes populares: guaçatonga, cafezeiro do mato, cambroé, cafezinho do mato, guaçatunga preta, pau de lagarto, chá de bugre, varre forno, erva de pontada;


Origem: Brasil, em todos os estados, com destaque para o Sul;


Família: Salicaceae;


Ecologia: espécie perenifólia, terrícola, muito rústica, pioneira, nativa de diversas formações vegetais dentro de todos os domínios de vegetação do Brasil, inclusive o Cerrado e a Mata Atlântica, em que a RMBH está inserida. Pode ocorrer em áreas ensolaradas ou sombreadas de sub-bosque, especialmente sob os pinheiros-do-paraná, no Sul do Brasil.


É frequente nos cerrados, capoeiras e capoeirões, especialmente nos estágios iniciais da sucessão ecológica. Na literatura, consta como rara na floresta estacional semidecidual, porém foi encontrada em áreas abertas de Cerrado e em bordas de florestas estacionais da região de Ravena - Sabará (RMBH):

Guaçatonga em área de borda florestal.

Guaçatonga em área de borda da floresta estacional semidecidual da região de Ravena - Sabará (MG).

Guaçatonga em área aberta.

Guaçatonga em área aberta, savânica, típica do Cerrado, na região de Ravena - Sabará (MG).

Porte: árvore ou arvoreta de até 6 m de altura e tronco de até 30 cm de diâmetro, com copa potencialmente redonda e ornamental, porém não chega a esse ponto em várias situações de campo;


Folhagem: folhas verdes, simples, elípticas, um tanto assimétricas, glabras ou ásperas, brilhantes na face superior e dotadas de muitas glândulas. Apresentam potencial medicinal e, juntas, formam aspecto curioso na copa, dada a organização de sua disposição;


Floração: inflorescências pequeninas, formadas por flores amareladas sustentadas por pedicelos longos (quando comparados ao tamanho das flores) e agrupadas em pequenos grupos. Formam-se, durante o inverno, ao longo dos ramos da planta, acompanhando todas as gemas. Na  região de Ravena - Sabará (RMBH), foram observadas durante o final do mês de julho;

Frutificação: cápsulas verdes, ovoides, diminutas, abundantes nos ramos, que amadurecem na primavera e são muito consumidos por pássaros. Apresentam sementes pardas em seu interior;


Uso paisagístico: espécie adequada para arborização urbana, inclusive em ruas estreitas sob fiação, devido ao seu pequeno tamanho mas, principalmente, para trabalhos de reflorestamentos em áreas degradadas.

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