Biologia da Paisagem

Flor da melancia

Citrullus lanatus – melancia

Outro nome popular: melancieira;


Origem: África, especialmente os países do centro do continente; 


Família: Cucurbitaceae, a mesma das abóboras e da bucha; 


Ecologia:​ espécie frutífera, comestível, tropical a equatorial – portanto adaptada a condições de tempo quente e úmido, sob dias longos e com boa luminosidade. Desenvolve-se melhor na faixa de temperatura entre 25ºC e 30ºC e sua produtividade cai drasticamente sob temperaturas muito altas (acima de 40°C) ou muito baixas. Não tolera geadas ou granizo. 


Apresenta enorme importância comercial, assim como o tomate, a batata e a cebola, motivo pelo qual é produzida em todo o Brasil. Seu alastramento é facilitado por meio de numerosas gavinhas, que se prendem aos suportes que encontra pelo caminho, como folhas e hastes de ervas e capins, troncos de arbustos e outros; 


Porte: liana rastejante, muito vigorosa, que espalha-se rapidamente por muitos metros quadrados adiante do ponto em que foi originalmente plantada, cobrindo grandes extensões horizontais, por meio de hastes horizontais delgadas, frágeis, verdes e pilosas;  


Folhagem:​ folhas verdes, coriáceas, muito pilosas nas nervuras, profundamente lobadas, marcadas pelas nervuras evidentes (em tom claro) na face superior do limbo e sustentadas por pecíolos dotados de enorme quantidade de pelos brancos; 


Floração:​​ flores solitárias, unissexuadas, amarelas, pentâmeras, ornamentais, sustentadas por pedicelos espessos e também muito pilosos. As flores femininas se parecem com uma melancia em miniatura e as masculinas são extremamente finas e aparecem sempre em maior número. São as flores femininas que formarão as melancias e estas formam-se com maior intensidade sob tempo quente e úmido. Foram observadas com grande abundância durante o verão em Belo Horizonte (MG); 


Frutificação:​​ frutos (melancias) grandes e pesados, esféricos a ligeiramente ovais, comestíveis e formados diretamente no chão. Apresentam casca bastante fibrosa na cor verde-escura, listrada de verde-claro, e polpa vermelho-escura comestível in natura, doce e muito hidratada. Além de propriedades depurativas e ligeiramente laxantes, é uma das frutas de maior porcentual de água da natureza (quase 93%), motivo pelo qual é uma excelente opção para dias quentes. Em Belo Horizonte, foram observados na segunda metade do verão. 


Durante o florescimento e formação dos frutos, o tempo chuvoso favorece bom desenvolvimento e veranicos nesta fase podem ser desastrosos. Quando em excesso, a precipitação pode atrapalhar a polinização e comprometer a qualidade dos frutos, ou seja, durante a maturação, condições de tempo seco e quente favorecem frutos mais doces; 

Ramos e fruto da melancia.

Ramos e pequeno fruto em formação da melancia, observado durante o verão em Belo Horizonte (MG). 21/01/2025

Familia: Cucurbitaceae;

Cuidados: o “pé de melancia” ocupa grandes extensões horizontais, de forma que necessita de grandes espaços abertos e ensolarados para se desenvolver com eficiência. Aprecia clima quente e úmido, porém sem extremos de calor acentuados, e ventos fortes podem danificar mecanicamente sua estrutura e causar microlesões nas suas hastes, favorecendo o desenvolvimento de bactérias e fungos. Neste caso, é interessante a presença de estruturas (naturais do terreno ou não) onde suas gavinhas podem se fixar. A Região Nordeste apresenta boas condições de solo, clima e água para o cultivo durante quase todo o ano, especialmente se houver possibilidade de irrigação, enquanto o Centro-oeste, Sudeste e Sul têm melhor produtividade apenas durante a primavera;

"Pé de melancia" rastejante.

"Pé de melancia" rastejante, em ambiente aberto e arejado, sob vigoroso crescimento durante o verão em Belo Horizonte (MG). 15/12/2024

Cuidados: o “pé de melancia” ocupa grandes extensões horizontais, de forma que necessita de grandes espaços abertos e ensolarados para se desenvolver com eficiência. Aprecia clima quente e úmido, porém sem extremos de calor acentuados, e ventos fortes podem danificar mecanicamente sua estrutura e causar microlesões nas suas hastes, favorecendo o desenvolvimento de bactérias e fungos. Neste caso, é interessante a presença de estruturas (naturais do terreno ou não) onde suas gavinhas podem se fixar.  


A Região Nordeste apresenta boas condições de solo, clima e água para o cultivo durante quase todo o ano, especialmente se houver possibilidade de irrigação, enquanto o Centro-oeste, Sudeste e Sul têm melhor produtividade apenas durante a primavera; 

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