Biologia da Paisagem

Pterocaulon balansae – capim dos pampas silvestre

Origem: Brasil, nos estados do Sul e do Sudeste; 

Família: Asteraceae, a mesma das candeias, dos vassourões, das margaridas e dos tagetes; 


Ecologia: espécie subtropical a tropical, terrícola, anual a bianual, nativa de formações campestres dentro dos domínios dos Pampas e do Cerrado, inclusive os campos rupestres. Está documentada como associada a ambientes antrópicos, o que pode ser confirmado por um indivíduo encontrado em Belo Horizonte (entre a Cidade Administrativa de Minas Gerais - CAMG - e o Parque Estadual Serra Verde - PESV), em área verde antropizada que, embora próxima de remanescentes florestais, é aberta e gramada, portanto muito iluminada. Apresenta raízes fasciculadas; 

Capim-dos-pampas-silvestre em área aberta.

Capim-dos-pampas-silvestre em área aberta e antropizada, próxima de pequenos remanescentes florestais, entre a CAMG e o PESV (BH). 19/12/2024

Porte: ervas relativamente grandes, de até 2 m de altura, sustentadas por ramos eretos, tomentosos e alados. Esta última característica é a que dá nome ao seu gênero, Pterocaulon sp.; 


Folhagem: folhas verde-escuras, discolores, simples, alternas, lanceoladas e estreitas, muito texturizadas e tomentosas, de margem serrada e ápice agudo, com até 15 cm de comprimento. A alas de seus ramos também são discolores; 


Floração: inflorescências em panículas triangulares formadas por muitos capítulos isolados de coloração creme, na forma de espigas, onde há flores dimorfas: as externas são marcadas por corola filiforme e as internas por corola tubulosa, sempre com grande quantidade de estames. Em conjunto, apresentam potencial ornamental ainda não explorado e aparência semelhante ao capim-dos-pampas (Cortaderia selloana), motivo do nome popular escolhido (e sugerido) para esta espécie neste artigo:

Frutificação: cipselas elipsoides, pubescentes, de até 1 cm de comprimento; 


Uso paisagístico: para esta espécie, sugere-se uso semelhante ao do capim-dos-pampas, portanto o plantio pode ser isolado, em agrupamentos ou renques nos pequenos e médios espaços ajardinados e abertos. É importante que suas inflorescências fiquem bem visíveis, sem obstáculos. 

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