Outros nomes populares: araticum, fruta-da-condessa, fruta-do-conde, graviola-brava;
Origem: Brasil, em quase todos os estados, exceto alguns do Nordeste, Amapá e Roraima;
Família: Annonaceae, a mesma da pinha-comercial, do marolo e da graviola;
Ecologia: espécie tropical, terrícola, decídua, heliófita, típica de diversas formações florestais do Brasil, especialmente nos domínios da Mata Atlântica e da Amazônia (mata de terra firme), mas também no Cerrado;
Porte: árvore de até 20 m de altura e 60 cm de diâmetro de tronco, sustentada por tronco ereto, de casca lisa. Seus ramos são densamente cobertos por tricomas;
Folhagem: folhas verdes, cartáceas, levemente discolores, brilhantes, simples, alternas, lanceoladas a estreitamente elípticas, de margens inteiras e nervuras impressas (as secundárias formando ângulo de 40–60° com a primária), grandes (até 25 cm de comprimento), revestidas por pubescência esbranquiçada na face inferior e sustentadas por pecíolos curtos e densamente cobertos por tricomas. Apresentam reputação medicinal;
Floração: inflorescências axilares, discretas e subentendidas na folhagem, compostas por até 7 flores verde-amareladas muito pouco vistosas, cada uma com 6 pétalas em forma de pás de hélice. O conjunto apresenta brácteas triangulares e é sustentado por pedúnculos e pedicelos recobertos por pelos esverdeados a castanhos. Conforme a literatura, tendem a surgir entre o inverno e a primavera, mas foram observadas durante meados da primavera (19 de outubro) no Parque Ecológico da Pampulha, em Belo Horizonte (MG):
Frutificação: sincarpos grandes (até 20 cm), globosos a ovoides, verde-amarelados a marrons, formados por vários carpelos que, após o amadurecimento, tornaram-se carnosos e soldados durante o desenvolvimento. São muito semelhantes às pinhas comerciais e formam-se entre o verão e o começo do outono.
Em seu interior, há numerosas e rígidas sementes amarronzadas de até 2 cm, envolvidas por polpa branca comestível, cremosa e suculenta, muito saborosa, consumida in natura e apreciada por pássaros. As sementes podem, ainda, servir para o artesanato, na confecção de braceletes e colares;
Uso paisagístico: espécie interessante para pomares domésticos, tanto em ambiente urbano quanto em sítios e fazendas. Deve-se observar bem o distanciamento para as árvores vizinhas, tendo em vista seu porte considerável e a copa espalhada. Em Belo Horizonte, há um indivíduo no bosque central do Parque Ecológico da Pampulha.