Biologia da Paisagem

Flor e frutos do embiruçu.

Pseudobombax sp. – embiruçus

Outros nomes populares: Imbiruçu, paineira, sumaúna;


Origem: Brasil, em todos os estados. Como a análise deste artigo é de um gênero inteiro, é natural que a área de abrangência seja ampla, porém cada espécie tem sua própria área de ocorrência, mais restrita; 

Família: Malvaceae, a mesma das paineiras, do quiabo, do hibisco, do malvavisco, entre outros; 


Ecologia: grupo de espécies tropicais, terrícolas ou rupícolas, caducifólias, sem espinhos, nativas de formações campestres, savânicas e florestais de diferentes densidades dentro de todos os domínios de vegetação do Brasil, exceto os Pampas (Floresta Amazônica, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal), inclusive em matas de galeria, campos rupestres e restingas. São cerca de 18 espécies aceitas, sendo 9 delas endêmicas do Brasil. Não são muito utilizadas na arborização urbana, porém não chega a ser difícil encontrá-las em Belo Horizonte, por exemplo, tanto na arborização de parques quanto na orla da Lagoa da Pampulha; 

Embiruçu sem folhas e com flores.

Embiruçu sem folhas e com flores durante o inverno. Ao fundo, a Serra do Curral, em Belo Horizonte - MG. 09/07/2021

Porte: arbustos ou, principalmente, árvores de porte mediano, sustentadas por ramos muitas vezes resinosos. Costumam ter copas pouco frondosas; 


Tronco: os troncos dos embiruçus, frequentemente, têm curiosas estrias longitudinais verdes, característica semelhante a algumas espécies de eritrinas. Vistas de perto, é possível identificar diferentes tons de verde e de cores mais quentes, como o vermelho, que formam um lindo gradiente ou espectro; 


Folhagem: folhas verdes a amarelas quando maduras, caducas durante o período de floração das árvores, compostas por até 11 folíolos, os distais maiores que os basais, de ápices dilalados e margens inteiras. São, frequentemente, digitadas e sustentadas por longos e robustos pecíolos; 


Floração: inflorescências terminais, solitárias ou em cimeiras com poucas flores formadas por cálice verde a avermelhado (bonina), acrescente na frutificação, e pétalas linear-lanceoladas, alvas por dentro e castanhas a nigrescentes por fora, curvadas para baixo e densamente recobertas de tricomas ásperos. Os estames são numerosos, brancos com anteras também brancas ou pardas, muitas vezes organizados em feixes (falanges). Apresentam aroma geralmente fétido e glândulas nectaríferas avermelhadas.  

Frutificação: cápsulas cilíndricas, 5-anguladas, caracterizadas por abundante paina amarronzada ou, às vezes, mais claras, com numerosas sementes mais ou menos globosas ou reniformes; 


Uso paisagístico: grupo de espécies adequadas para arborização de parques e canteiros urbanos. Apresentam copa pouco frondosa, o que as tornam pouco recomendadas para ruas e avenidas cujo objetivo primordial seja o sombreamento.  

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