Origem: Brasil, em todos os estados. Como a análise deste artigo é de um gênero inteiro, é natural que a área de abrangência seja ampla, porém cada espécie tem sua própria área de ocorrência, mais restrita;
Família: Boraginaceae;
Ecologia: grupo de espécies terrícolas, tropicais, dioicas, perenes ou caducifólias, com ou sem indumento, nativas de formações campestres a florestais de diferentes densidades dentro de todos os domínios de vegetação do Brasil (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal), inclusive campos rupestres, restingas e matas ciliares.
Entre as espécies mais comuns em ambiente urbano, muitas vezes utilizadas na arborização das cidades, estão a claraíba, a babosa-branca e o louro-pardo;
Porte: arbustos ou árvores de até 30 m de altura. O porte varia conforme a espécie, claro;
Folhagem: folhas geralmente verdes, alternas, elípticas a lanceoladas, de margens inteiras ou dentadas. Os pecíolos, que podem ser muito curtos, geralmente sulcam na superfície adaxial:
Floração: inflorescências cimosas, terminais ou axilares, formadas por flores bissexuais ou unissexuais, pediceladas ou sésseis, cujas sépalas são tubulares a campanuladas, com até 5 lóbulos, e pétalas glabras, caducas ou às vezes persistentes, que formam corola tubular a campanulada ou em forma de funil, com até 6 lobos. As cores predominantes são branco, creme, amarelo, laranja ou vermelho e frequentemente apresentam formato estrelado.
Uma característica marcante do gênero é o cálice persistente, geralmente crescente, na maturidade subtendendo ou envolvendo o fruto e até ajudando na sua dispersão, por favorecer maior espalhamento pelo vento, com os lobos funcionando como “hélices de um helicóptero”, característica bastante interessante de se observar na natureza. A queda em massa das flores e do cálice pode envolver o chão da floresta de forma muito ornamental e graciosa;
Frutificação: frutos carnosos, brancos, verdes, amarelos, laranja ou vermelhos, circundados pelo cálice ligeiramente a muito crescente, com 1 ou 2 sementes cada.
Uso paisagístico: muitas espécies do gênero Cordia sp. são utilizadas com fins paisagísticos nas cidades, tanto em ruas, avenidas, canteiros e praças quanto em parques