Origem: Brasil, em quase todos os estados até SC. Também, em toda a América do Sul, exceto a Argentina, Uruguai e Chile;
Família: Phyllanthaceae;
Ecologia: espécie perenifólia ou subcaducifólia, tropical, terrícola, inerme, típica de formações florestais densas, de terra firme (florestas ombrófilas) ou encharcadas (Matas de Igapó e de Várzea, Matas Ciliares e Matas de Galeria - Áreas de Preservação Permanente) dentro dos domínios da Amazônia, do Cerrado e da Mata Atlântica. No Parque Estadual do Biribiri, em Diamantina (MG), foi encontrada com as raizes parcialmente expostas em ambiente sombrio junto de curso d'água, sob a sombra de outras árvores. Alguns autores consideram algumas variedades das espécies, como R. grandis var. grandis e R. grandis var. gardneriana;
Porte: árvore de até 20 m de altura e 50 cm de diâmetro do tronco;
Tronco: espesso e revestido por casca grossa e suberosa, cinzenta a marrom-escura, mais ou menos consistente, bastante texturizada (sulcada longitudinalmente);
Folhagem: folhas verde-escuras a verde-claras quando jovens, coriáceas a subcoriáceas, glabras, brilhantes, simples, alternas espiraladas, em formato de gota e sustentadas por pecíolos canaliculados curtos. As margens são inteiras ou levemente crenadas e a nervura central é visível no limbo na cor verde-clara;
Floração: inflorescências creme-esverdeadas discretas, solitárias ou em fascículos, formadas na primavera por diminutas flores unissexuais, monoclamídeas, perfumadas, frequentadas por abelhas silvestres. Diferente do que consta na literatura cientifica, foram observadas durante meados de agosto (ainda inverno) no Parque Estadual do Biribiri, em Diamantina - MG. As inflorescências femininas são mais curtas e mais espessas que as masculinas;
Frutificação: frutos secos, verdes, elípticos a ovais, maduros entre o outono e o inverno, com sementes elípticas envolta por arilo vermelho brilhante e dispersas por pássaros por causa do arilo;
Uso paisagístico: espécie interessante para plantio em contextos associados à água, como a recomposição de áreas encharcadas (APPs), e plantio com finalidade estética em lagoas, represas e jardins aquáticos, especialmente devido ao seu tronco muito ornamental.