Outros nomes populares: Pau-santo, pau-louro-d'anta;
Origem: Brasil (Minas Gerais, Goiás, Bahia e, talvez, Tocantins);
Família: Calophyllaceae;
Ecologia: espécie terrícola, tropical, lactescente, endêmica de formações savânicas dentro do domínio do Cerrado. Foi encontrada em área de savana do Parque Estadual do Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto - MG), em altitudes mais elevadas do que onde estão das florestas de cerradões, e na RPPN Colina dos Tucanos, em área savânica a cerca de 1090 m de altitude. É semelhante às espécies K. juruenensis e de K. bifaria:
Porte: árvore ou arvoreta de porte modesto, sustentada por troncos eretos. Os indivíduos encontrados para este artigo apresentavam desde porte arbustivo, com pouco mais de 1,5 m de altura, até porte arbóreo, acima de 6 m de altura. Em todo caso, a copa é pouco frondosa;
Folhagem: folhas grandes, elípticas, verde-amareladas, simples, inteiras, de margem lisa, coriáceas, dispostas espiraladamente ao longo do caule, sustentada por longos pecíolos amarelos, os mais longos no gênero, cor que também marca suas nervuras bem marcadas na face adaxial das folhas. Em conjunto, as folhas dispõem-se voltadas ligeiramente para baixo, característica que é relevante para sua identificação;
Floração: inflorescências formadas por 3 ou mais flores grandes, chamativas, ornamentais, de sépalas verdes e pétalas brancas, abertas e assimétricas, que expõem os numerosos estames;
Frutificação: frutos lenhosos, que abrem-se de baixo para cima, de forma a exporem as sementes aladas voltadas para o chão, em formato bastante característico, o que também é relevante para a identificação da espécie. Foram observados completamente abertos e expostos no final do inverno no Parque Estadual do Rio Preto – MG, com as sementes ainda presas aos frutos, prontas para serem dispersas pelo vento, como se observa nas imagens abaixo:
Uso paisagístico: espécie adequada para o plantio em praças, canteiros urbanos e parques, especialmente se inseridos em cidades localizadas no Cerrado, ou em jardins inspirados no bioma. Forma flores ornamentais que são atrativas, porém a copa pouco frondosa é inadequada para os casos em que um dos objetivos da arborização seja o sombreamento.