Origem: Brasil, em todos os estados, exceto o Rio Grande do Sul. Também ocorre em Cuba, América Central, Paraguai e Bolívia;
Família: Cyperaceae, a família dos papiros;
Ecologia: espécie tropical, terrícola, rizomatosa, perene, nativa de formações campestres, savânicas e florestais de diferentes densidades dentro dos domínios do Cerrado, da Caatinga, da Mata Atlântica e da Amazônia, inclusive em matas ciliares, restingas e campos rupestres. São particularmente frequentes em ambientes abertos e ensolarados. Na RPPN Colina dos Tucanos, foi encontrada tanto em área savânica, como um campo cerrado ou campo ruprestre, sob relevo acidentado e altitude próxima de 1100 m, sem estar associada a curso hídrico (como ocorre com muitas espécies da família Cyperaceae), quanto na borda de área florestal semidecidual;
Porte: erva de baixo a médio porte. Os indivíduos encontrados para este artigo não ultrapassavam 70 cm de altura, porém a literatura científica indica que a planta pode chegar a 2 ou 3 m;
Folhagem: folhas verdes, simples, alternas espiraladas, lanceoladas, bastante longas e às vezes curvadas no terço apical, relativamente escassas na planta, maiores próximas da base (até 60 cm de comprimento) e menores encima. Apresentam bainhas fechadas e suas nervuras são paralelas;
Floração: inflorescências axilares, em espiguetas reunidas em (grupos de) glomérulos ou capítulos globosos de até 3 cm de diâmetro, um tanto elevados do chão por um escapo, na cor creme, sem relevância ornamental. As flores são discretas e todo esse conjunto é subentendido por brácteas foliares. Foram observadas durante o final do inverno na RPPN Colina dos Tucanos:
Frutificação: aquênios obovados dourados muito pequenos.