Outros nomes populares: Binguinha, bingueiro, embiruçu, embira-de-folhas-lisas, paineira-do-campo;
Origem: Brasil, nos estados da região Centro-oeste, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Tocantins e Rondônia;
Família: Malvaceae, a mesma das paineiras, hibiscos e malvaviscos;
Ecologia: espécie tropical, terrícola, semidecídua, heliófita, nativa de formações secundárias, savânicas a florestais semideciduais, dentro do domínio do Cerrado, especialmente em terrenos secos e bem drenados. Dentro de sua ampla área de ocorrência no Brasil, pode ser abundante ou rara, a depender da localidade. No Parque Estadual do Rio Preto – MG (PERP), é frequente nas áreas mais elevadas, onde chegam a formar pequenos bosques:
Porte: árvore de enorme variabilidade de altura, conforme as condições ambientais, de 3 a 6 m nos cerrados até 17 m nas florestas, sustentada por troncos cilíndricos e retilíneos e revestida por caca fina e acinzentada. A copa é bastante ramificada em indivíduos adultos;
Folhagem: folhas verdes, compostas digitadas, formadas por 5 folíolos elípticos a ovais, coriáceos, glabros, de até 18 cm de comprimento;
Floração: inflorescências formadas durante o inverno (julho e agosto) por até 5 flores axilares brancas, com numerosos estames marrons e sépalas unidas entre si de coloração cobre, conjunto sustentado por um pedicelo castanho. Quando em botão, as pétalas unidas têm formato mais ou menos esférico e, após a abertura, dispõem-se de forma côncava, curvada para baixo. No PERP, foram observadas de forma abundante durante meados do mês de agosto, final do inverno. Em alguns indivíduos, as flores são abundantes a ponto de permitirem a identificação da espécie a distância, lembrando pequenos tufos de algodão:
Frutificação: cápsulas deiscentes fusiformes verdes formadas durante a primavera (setembro e outubro), muito parecidas com um pião (brinquedo), dentro das quais há sementes esféricas amarronzadas envoltas por paina de coloração acobreada. A presença da paina justifica seu nome popular “paineira-do-campo", apesar de pertencer a um gênero distinto das paineiras (Ciba sp.) mais conhecidas;
Uso paisagístico: espécie adequada para arborização em geral, tendo em vista a perda de folhas durante o inverno, que é pouco desejado para o sombreamento. Durante o período de floração, chega a adquirir relevância ornamental pela grande quantidade de flores.