Outros nomes populares: guando, guandeiro, ervilha-de-angola, ervilha-do-congo, feijão-de-árvore ou pigeon-pea;
Origem: Ásia (Índia). Algumas fontes colocam também a África ocidental;
Família: Fabaceae;
Ecologia: espécie terrícola, tropical, exótica porém naturalizada no Brasil, em áreas antrópicas de todos os estados brasileiros, em todos os domínios de vegetação (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal). Não está presente de forma natural em nenhum bioma do país mas, por influência humana desde o período da escravatura, pode ser encontrada nas áreas de encontro deles com cidades ou comunidades rurais. Há séculos é cultivada em outros países tropicais, seja para a alimentação de animais, produção de grãos ou o consumo como ocorre com o feijão aqui no Brasil.
Além de PANC no Brasil, o feijão-guandú tem propriedades terapêuticas na medicina tradicional indiana (Ayureda) e serve como adubo verde por meio da associação com bactérias fixadoras do nitrogênio (N2):
Porte: arbusto ereto, muito ramificado, formado por ramos longos e ligeiramente pendentes, de 1,5 até 4 m de altura;
Folhagem: folhas verdes, às vezes mais escuras, formadas por 3 folíolos discolores, tomentosos, de textura aveludada e formato elíptico, dispostos no mesmo plano, sustentadas por pecíolos mais ou menos curtos;
Floração: inflorescências axilares, racemosas, formadas por flores amarelas a bastante avermelhadas na face de fora das pétalas, característica relevante para sua identificação. O cálice é campanulado e piloso. Em Belo Horizonte, foram observadas durante o outono, de forma concomitante com os frutos;
Frutificação: legumes ou favas planos, lineares, comprimidos, pubescentes e curvos. Apresentam sementes semelhantes a ervilhas ou amendoins (grãos verdes), o que justifica alguns de seus nomes populares, comestíveis e ricas em proteínas, que podem ser lisas ou rajadas, dependendo da variedade:
Cuidados: em áreas rurais, atentar para não espalhar a planta além do perímetro da propriedade, tendo em vista tratar-se de uma espécie exótica que não deve conviver com as nativas brasileiras fora a influência humana;
Uso paisagístico: planta adequada para o plantio em hortas e pomares, tanto urbanos quanto rurais, seja para o consumo de suas sementes ou para o enriquecimento do solo. Seu porte modesto permite que seja plantada em diversos contextos de jardins ou áreas verdes.