Origem: Brasil (Minas Gerais);
Família: Amaryllidaceae;
Ecologia: espécie terrícola, bulbosa, tropical, endêmica dos campos limpos do cerrado mineiro, em especial da Serra da Canastra, o que é o motivo de seu nome científico. Vive em áreas bastante abertas e ensolaradas, sujeitas a todas as intempéries climáticas: alta insolação, chuvas e ventos fortes, calor na maior parte do ano e frio nas noites e manhãs de inverno. Foi encontrada em área campestre, praticamente sem nenhum arbusto, no Parque Nacional da Serra da Canastra – Minas Gerais. Seu bulbo é castanho, globoso e subterrâneo e somente suas folhas são visíveis para fora do solo;
Porte: erva de porte baixo – inferior a 20 cm considerando a folhagem, porém ligeiramente superior a 30 durante a floração;
Folhagem: folhas verdes, filiformes, semi-cilíndrica, anuais, compridas (até 17 cm de comprimento) e de ápice agudo;
Floração: inflorescências formadas por 1 ou 2 flores grandes, sustentada(s) por escapo glauco (em tom verde-claro a ligeiramente azulado) bem acima da folhagem (até 31 cm de altura). Tanto as brácteas espatais quanto o pedicelo são verde-rosados. Suas tépalas (pétalas e sépalas) são ascendentes, infundibuliformes, em tons rosado-claros a quase brancos terminalmente e mais rosa-acastanhados no tubo, com manchas violetas longitudinalmente. As sépalas são muito mais largas que as pétalas.
No centro da flor, filetes e estiletes brancos com base esverdeada, ascendentes, bem menores que o comprimento das sépalas e pétalas, e anteras e pólens amarelos. No Parque Nacional da Serra da Canastra - São Roque de Minas - MG, foram observadas de forma abundante no começo da primavera, sob tempo quente e seco;
Frutificação: cápsulas verdes a amareladas quando madura, globosas a ligeiramente achatadas, dentro das quais há sementes achatadas;
Uso paisagístico: espécie de uso potencial muito semelhante às outras acuçenas já tradicionais no paisagismo: acuçena-vinho (Hippeastrum reginae) e acuçena-laranja (Hippeastrum puniceum).