Biologia da Paisagem

Flores da erva-de-guiné.

Petiveria alliacea – erva de guiné

Outros nomes populares: cagambá, cangambá, embiaiendo, embirembo, emboaembo, emburembo, enraiembo, erva-de-tipi, erva-de-pipi, tipi-verdadeiro, amansa-senhor, macura-caá, erva-de-alho, gerataca, gorana-timbó, gorarema, gorazema, iratacaca, macura, ocoembro, paraacaca, paracoca, raiz-de-congonha, mucuracaá;


Origem: Brasil, especialmente a região Norte;


Família: Phytolaccaceae;

Ecologia: planta tropical, perene, rizomatosa, utilizada para finalidades ornamentais, místicas (umbanda) e medicinais em hortas e jardins domésticos. Pode comportar-se como daninha em algumas regiões e apresenta aroma semelhante ao do alho, característica que motiva o epíteto específico de seu nome científico.

Apresenta diversas aplicações terapêuticas segundo a tradição popular, normalmente por infusão das folhas ou raizes no entanto, em doses elevadas ou repetidas, pode apresentar toxicidade, inclusive é por causa disso o seu nome popular “amansa-senhor”, nome cunhado por escravos na época do Brasil colonial. Na literatura, há menção de ação da espécie em afecções bucais, infecções de garganta contusões, traumatismos, dores lombares, reumáticas e de cabeça. Pode, ainda, apresentar ação hipoglicemiante;

Erva-de-guiné em vaso.

Erva-de-guiné em vaso de baixa manutenção mantido a meia-sombra no bairro Providência, em BH.15/02/2024

Porte: herbácea ereta, que atinge cerca de 70 cm de altura;


Folhagem: folhas verdes, simples, alternas, lanceoladas, brilhantes, de nervuras evidentes na face adaxial;

Floração: inflorescências em racemos longos e muito elevados, formados por flores discretas, brancas a amarelo-esverdeadas. Em Belo Horizonte, foram observadas durante o verão:

Flores da erva-de-guiné.

Detalhe das flores amarelo-esverdeadas da erva-de-guiné, formadas durante o verão em Belo Horizonte. 15/02/2024

Erva-de-guiné em canteiro.

Erva-de-guiné em canteiro junto com babosas.

Frutificação: cápsula pequena dotada de espinhos importantes para sua dispersão, uma vez que prendem-se facilmente a animais e roupas de transeuntes, estratégia muito semelhante à do picão.

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