Origem: Américas, desde o extremo sul dos EUA até o norte da Argentina. No Brasil, ocorre em todos os estados;
Família: Gleicheniaceae;
Ecologia: espécie terrícola ou rupícola, tropical a subtropical, nativa de todos os domínios de vegetação brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal), em formações campestres (inclusive os campos rupestres), savânicas e florestais menos densas, como as florestas estacionais deciduais e semideciduais. Maciços da espécie foram encontrados em bordas de florestas na região metropolitana de Belo Horizonte, no Parque Municipal das Mangabeiras (na capital) e na RPPN Colina dos Tucanos, em Sabará - MG:
Diferente do que ocorre com a grande maioria das samambaias, são comuns em áreas abertas e ensolaradas ou parcialmente ensolaradas, não raro desprovidas de corpos d’água nas proximidades (portanto secas na ausência de chuva) e, às vezes, em áreas antropizadas. É uma samambaia muito mais rústica do que o esperado para o grupo, podendo formar maciços grandes e bastante densos, inclusive em barrancos e bordas de florestas;
Porte: erva ramificada que, em conjunto, pode se aproximar de 2 m de altura;
Folhagem: folhas verdes, em tons opacos eventualmente próximos do azul, dispostas em frondes longas e ramificadas, que trazem aspecto um tanto denso ao conjunto. Apresenta soros marrons bastante visíveis na face inferior;
Uso paisagístico: a samambaia-de-barranco não apresenta relevância ornamental no paisagismo tradicional, mas pode ser aproveitada para compor vegetação em áreas degradadas ou de baixa manutenção, de forma mais ornamental e ecológica (por ser uma espécie nativa) do que seria por vegetação ruderal exótica, como as leucenas e mamonas. Sua folhagem verde-azulada e o aspecto denso que forma podem ser esteticamente muito interessantes.