Origem: América Central e do sul, inclusive Brasil (exceto Sul);
Família: Loranthaceae;
Ecologia: espécie hemiparasita, dioica, daninha, nativa de formações savânicas e florestais dentro dos domínios da Amazônia, da Caatinga, do Cerrado e da Mata Atlântica, inclusive nas matas ciliares. Emitem raízes adventícias nos entrenós ao longo dos ramos, que fixam-se com muita facilidade ao troncos das árvores e dos arbustos e permitem o comportamento reptante da espécie. São muito comuns em Belo Horizonte, onde podem ser interpretadas como um novo elemento à floresta urbana municipal, porém tem potencial de dominar a planta parasitada e, com isso, trazer risco para a sua saúde.
É um exemplo de espécie nativa que traz malefícios para as plantas da cidade, uma vez que, nesses ambientes, há baixa complexidade ecológica e a erva-de-passarinho encontra poucas dificuldade de se estabelecer sobre a planta hospedeira. Ela recebe este nome por causa destas aves que carregam suas sementes e permitem a fixação do vegetal hemiparasita sobre outro. São vistas sobre diversas monocotiledôneas, árvores frutíferas, ornamentais e florestais coníferas e folhosas, como o jambolão e as mangueiras, dos quais extraem água e elementos minerais:
Porte: erva de grande porte, desprovida de indumento, sustentada por caule cilíndrico, verde-claro, sem súber, que pode pender nos ramos da planta parasitada ou comportar-se como uma liana qualquer, “subindo” no vegetal;
Folhagem: folhas em diferentes tons de verde, praticamente alternas, ovais a lanceoladas, glabras, carnosas, de margens inteiras, mais ou menos coriáceas e de ápice agudo, marcadas pela nervura central evidente, sustentadas por pecíolos curtos e espessos:
Floração: racemos axilares curtos, formados por flores unissexuais, masculinas e femininas esverdeadas, alvas a cremes, diminutas, hexâmeras;
Frutificação: frutos lisos, glabros, elipsoides a ovoides, verdes quando imaturos e marrom a alaranjado quando maduros;
Tratamento: poda mecânica das partes infestadas que, dependendo da intensidade, pode ocasionar grandes danos na estrutura das árvores. Para cada espécie ou grupo de espécies assemelhadas devem ser aplicados procedimentos diferenciados de erradicação.