Origem: Brasil, mais especificamente a região Nordeste e o norte de Minas Gerais;
Família: Apocynaceae;
Ecologia: espécie terrícola, lactescente, decídua, xerófita, heliófita, nativa de áreas abertas e ensolaradas dentro do domínio da Caatinga (em solos calcários férteis) e do Pantanal (chaco seco);
Porte: arbusto (regiões mais secas) a árvore (caatinga arbórea) de até 8 m de altura, com copa também variável: larga de ramos baixos, quase encostando no chão, motivo de alguns de um de seus nomes populares, ou maior e mais arredondada. Em Belo Horizonte (Parque Ecológico da Pampulha), foi encontrado um indivíduo bastante arbóreo (foto abaixo);
Folhagem: folhas numerosas, verdes, discolores, arredondadas, membranáceas, glabras a pilosas e sustentadas por pecíolos longos. Caem nos períodos mais secos do ano;
Floração: inflorescências terminais, formadas por muitas flores brancas a ligeiramente amareladas e perfumadas durante a primavera (outubro e novembro), com a copa despida de sua folhagem. Em Belo Horizonte, foram observadas em outubro, o que é condizente com a literatura, porém a copa estava bem folhada, o que pode ser explicado pelo menor estresse hídrico que a espécie vivencia na cidade, devido ao clima mais ameno e úmido em relação a sua região de origem. São dispostas visualmente como pequenos tufos:
Frutificação: frutos lenhosos, escuros com muitos pontos brancos, persistentes na copa da árvore, que frequentemente convivem com as flores após a queda das folhas. Amadurecem entre o fim do inverno e o começo da primavera (agosto e setembro), com sementes amareladas membranáceas dispersas pelo vento e que permanecem viáveis por tempo suficiente até o reaparecimento das chuvas no semi-árido brasileiro. Em Belo Horizonte, foram observados durante meados do mês de setembro, já na primavera;
Uso paisagístico: espécie adequada para a arborização em geral, inclusive de ruas estreitas. Em Belo Horizonte, foi encontrada no bosque principal do Parque Ecológico da Pampulha.