Biologia da Paisagem

Inflorescências e flores da folha-branca.

Miconia stenostachya – folha branca

Origem: Brasil, em quase todos os estados, exceto RS e SC; 


Família: Melastomataceae; 


Ecologia: espécie terrícola, heliófita, nativa de formações savânicas e florestais (inclusive matas de galeria), dentro dos domínios da Amazônia, da Caatinga, do Cerrado e da Mata Atlântica. Na RPPN Colina dos Tucanos (Sabará - MG), foi encontrada em área de campo sujo, aberta e ensolarada, enquanto na Trilha do Sol (Capitólio - MG), aparece junto de outras árvores baixas em trecho de savana. É semelhante às espécies M. rubiginosaM. cinerea (podem ser sinônimos), M. argyrophylla, M. fallax, M. weddellii


Há relatos que produz subatâncias de potencial contra o agente da doença de chagas (o protozoário Trypanosoma cruzi);

Folha-branca florida.

Folha-branca florida em área de campo sujo na RPPN Colina dos Tucanos (Sabará - RMBH). Foto em 02/10/2022.

Arvoreta de folha-branca.

Arvoreta de folha-branca em área de cerrado na Trilha do Sol - Capitólio MG. Foto em 27/09/2023.

Porte: árvore ou arvoreta de porte bastante modesto. Os indivíduos encontrados pelo autor deste artigo tinham cerca de 2 m de altura; 


Folhagem: folhas simples, opostas, sem estípulas, verdes, elípticas a ovais, bastante discolores – verde escuras na face superior e bastante ocrácea (cor amarelo-acastanhado) na face inferior que, inclusive, justifica seus nomes populares – trinervadas, sustentadas por pecíolos curtos e espessos, de potencial ornamental devido às suas cores; 


Floração: inflorescências terminais, às vezes conjuntamente com ramos axilares, formadas por numerosas flores na cor branco, creme, amarelo ou alaranjado. Suas pétalas têm margens ciliadas, característica relevante para sua identificação. Na RPPN Colina dos Tucanos, foram observadas durante o começo do mês de outubro (primavera):

Tronco da folha-branca.

Detalhe do tronco de casca descamante da folha-branca.

Frutificação: frutos (bagas) consumidos pela avifauna e espécies migratórias; 


Uso paisagístico: espécie adequada para arborização urbana em geral, inclusive de ruas estreitas e sob fiação elétrica, constituindo-se uma boa opção de árvore natuva para enriquecer nossas cidades com plantas dos nossos biomas. Também é indicada para reflorestamentos de áreas degradadas. 

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