Origem: Brasil, em todos os estados. Como a análise deste artigo é de um gênero inteiro, é natural que a área de abrangência seja ampla, porém cada espécie tem sua própria área de ocorrência, mais restrita. Nas Américas, os ingás podem ser encontrados desde o sul do México até o Uruguai;
Família: Fabaceae;
Ecologia: gênero botânico formado por cerca de 300 espécies higrófitas nativas de formações campestres (inclusive campos rupestres), savânicas (inclusive restingas) e, principalmente, florestais (inclusive matas ciliares), dentro de todos os domínios de vegetação do Brasil (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal). Predominam nas zonas climáticas tropicais e subtropicais, predominantes no Brasil.
Algumas espécies: I. laurina, I. edulis, I. vera, etc.
De acordo com Garcia (2023), do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, “No Brasil, a maioria das espécies ocorre na amazônia, mas o maior número de endemismos para o gênero foi encontrado na floresta atlântica”;
Porte: árvores ou arvoretas lenhosas, inermes (não têm espinhos nos seus ramos), sustentadas por ramos cilíndricos ou estriados, muitas vezes formadas por copa espalhada e baixa;
Folhagem: folhas verdes, pinadas, paripinadas, compostas por 2 ou mais folíolos simétricos e opostos, cuja raque muitas vezes é alada e com nectários;
Floração: inflorescências em racemos formados por capítulos, umbelas ou espigas, normalmente amareladas, axilares ou terminais, com flores com 5 a 7 pétalas e androceu com mais de dez estames, normalmente numerosos;
Frutificação: legumes indeiscentes ou tardiamente deiscentes, com ou sem estrias longitudinais, lenhosos ou não, cujo interior há sementes carnosas, adocicadas e comestíveis. Normalmente, são achatados, em diferentes tamanhos, nas cores amarelo, verde, entre outras;
Uso paisagístico: espécies adequadas para o plantio em trabalhos de recomposição ou recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) associadas a cursos d’água. Em Belo Horizonte, são mais encontradas na orla da Lagoa da Pampulha e na beira de córregos (como o córrego da Avenida Tancredo Neves), portanto também associados a cursos d’água, porém também aparecem em áreas secas. Tal distribuição também pode ser aplicada para outras cidades.