Origem: Brasil: RS e SC;
Família: Myrtaceae;
Ecologia: espécie semidecídua, nativa do domínio da Mata Atlântica brasileira, em formações densas (florestas ombrófilas ou pluviais) ou nem tanto (florestas estacionais semideciduais), especialmente em encostas. Apesar de constar, na literatura, sua ocorrência rara e apenas no Sul do Brasil, indivíduos da espécie foram encontrados no interior das florestas do Parque Estadual Serra Verde, em Belo Horizonte, em áreas sombreadas, úmidas e frescas (ver foto).
Ao menos é o que acredita o autor deste artigo, após sucessivas análises. A orientação de especialistas no gênero Myrcialia é muito bem-vinda neste caso, pois os resultados não são completamente conclusivos. Este indivíduo é muito semelhante à espécie M. cuspidata, de mesmo nome popular.
Arbusto de cambuí formado em área florestal, de sub bosque, sombreada e fresca do PESV (BH).
Porte: árvore ou arvoreta de 3 a 5 m de altura e até 20 cm de diâmetro de tronco, formada por copa densa e alongada. Seus ramos novos, pecíolos e faces abaxial (inferiores) das folhas apresentam tricomas castanhos. O tronco é semelhante ao do pau-ferro e da jurema: é acastanhado, porém com manchas mais claras;
Folhagem: folhas verde-escuras, membranáceas, lanceoladas, de ápice acuminado:
Floração: inflorescências em fascículos axilares, formados por até 3 flores brancas durante a primavera. Os botões florais são globosos;
Detalhe da folhagem e das flores miúdas do cambuí, formadas junto ao caule, na inserção dos pares de folhas, durante o inverno (junho) no PESV (BH).
Frutificação: pequenas bagas globosas, comestíveis, verdes ou púrpuras/violáceas quando maduras (verão), de polpa doce e suculenta, consumida e pelas aves - que também dispersam as poucas sementes formadas anualmente;
Uso paisagístico: espécie adequada para plantio em pomares urbanos ou rurais, para consumo, além de prestar-se para arborização em geral, inclusive urbana, devido ao seu pequeno porte.