Outros nomes populares: cambará, dedal, dedaleira, pacari, pau de candeia;
Origem: Brasil - região Sudeste e Goiás;
Família: Asteraceae;
Ecologia: espécie caducifólia, heliófita, rústica, endêmica do Brasil e nativa dos domínios do Cerrado e da Mata Atlântica, em regiões montanhosas e elevadas (entre 700 e 2400 m de altitude), principalmente formações secundárias. Apresenta ocorrência desde em formações campestres, como os campos rupestres e campos de altitude, savânicas (o próprio Cerrado) até florestais, como as matas ciliares e florestas estacionais semideciduais. Não apresenta o crescimento rápido e o ciclo de vida curto típicos das pioneiras.
Tem ampla dispersão e forma agrupamentos (candeais), formações associadas ambientalmente às florestas de maior porte, e há evidências de que as protegem dos incêndios e dos efeitos de borda. É muito comum em bordas de florestas, de forma que apresenta significativa rusticidade e resistência à alta luminosidade, calor e ventos mais fortes.
É semelhante e facilmente confundida com a candeia-do-mato (Moquiniastrum polymorphum), porém não apresenta pilosidade esbranquiçada nos ramos florais. Também podemos incluir na lista as espécies E. arboreus, E. auriculatus, E. brevifolius, E. capitatus e E. polycephalus;
Porte: árvore de 6 a 10 m de altura, formada por copa arredondada e pouco robusta e sustentada por tronco tortuoso, de até 35 cm de diâmetro, dotado de casca grossa, suberosa e fissurada longitudinalmente;
Folhagem: folhas verdes, um pouco elípticas, de margens inteiras, glabras na face superior e muito tomentosas na inferior, discolores (apresentam coloração branca ou cinza na parte de baixo), sustentadas por pecíolos curtos;

Candeia presente em área de cerrado acima de 1000 m de altitude na região de Ravena - MG.
Floração: inflorescências formadas por muitos glomérulos e centenas de capítulos na cor creme a amarronzada, sustentadas por pedúnculo tomentoso e formadas entre o inverno e a primeira metade da primavera;
Frutificação: aquênio pequenino, disperso pelo vento entre o inverno e a primavera:
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Detalhe das flores da candeia-verdadeira, formadas durante o outono em área florestal semidecidual elevada da RMBH (Ravena - Sabará)
Uso paisagístico: incomum no paisagismo convencional, pode ser utilizada em reflorestamentos mistos.