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Biologia da Paisagem

Bioluminescência nos cupinzeiros.

Parque Nacional das Emas

O Parque Nacional das Emas (Parna Emas) é uma Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral localizada nos municípios de Chapadão do Céu e Mineiros, no estado de Goiás, próximo da tríplice divisa com MT e MS e em um dos extremos da Serra dos Caiapós, no coração do Cerrado brasileiro. A topografia é plana e o relevo, baixo - o ponto mais alto é de apenas 800 m acima do nível do mar.

Desde janeiro de 1961, são 132.787 hectares de vegetação herbáceo-arbustiva, eventualmente arbórea, completamente dentro do domínio do Cerrado, que abrange as bacias do Paraná e Tocantins-Araguaia. O clima é tropical típico, marcado por chuvas concentradas entre a primavera e o verão, forte calor entre setembro e outubro e um inverno seco, com queda acentuada de temperatura à noite. Esse padrão climático, associado aos tipos de solo (entre outros fatores), proporcionam várias fisionomias: campos limpos, campos sujos, veredas, matas ciliares, matas de galeria, matas secas e cerradões. Às vezes, as transições entre elas são abruptas.

Diversas fitofisionomias no Parque Nacional das Emas.

Diversas fitofisionomias no Parque Nacional das Emas (GO), durante a primavera: campo limpo no centro, veredas à esquerda e mata de galeria à direita.

Vegetação herbácea.

"Mato Grosso" em Goiás: área de campo limpo no Cerrado.

Área de campo sujo.

Área de campo sujo do Parque Nacional das Emas, no Cerrado goiano, durante o começo de novembro (primavera). Como pode ser visto, a vegetação já estava recuperada da estiagem de inverno na região.

Área de Campo cerrado.

Campo cerrado, com algumas árvores baixas, no Parque Nacional das Emas (GO). As chuvas da primavera renovaram a vegetação.

Área de campo cerrado.

Campo cerrado e as árvores típicas do Cerrado: baixas, retorcidas e ramificadas.

Área florestal do Parque Nacional das Emas

Área florestal do Parque Nacional das Emas, em Goiás.


Um dos aspectos ecológicos mais importantes da UC são os incêndios florestais, especialmente os criminosos. Entre setembro e outubro, fatores como vegetação seca (resultado da estiagem de inverno), forte calor, ventos e os raios oriundos das primeiras chuvas da primavera favorecem a ocorrência do fogo natural na região. Estes são desejáveis, uma vez que fazem parte da história evolutiva das espécies que vivem ali e são importantes em processos reprodutivos e ecológicos.

No entanto, para evitar que o fogo natural se alastre demais ou mesmo a continuidade de um incêndio criminoso, todos os anos medidas preventivas são tomadas, como a construção de aceiros de 25 a 100 m de largura. Embora as plantas do cerrado sejam adaptadas ao fogo, é importante destacar que os incêndios naturais são muito mais fracos que os criminosos - até pelo contexto de sua ocorrência, os raios, que inevitavelmente estão associados a chuvas e uma atmosfera mais úmida e fresca.

Entre a fauna, podemos citar o tamanduá-bandeira, anta, ema, seriema, cachorro-do-mato, tatu-peba, veado-campeiro, coruja-buraqueira, arara-canindé, papagaios, queixada, entre outros, que encontram diversos nichos ecológicos para se alimentarem e reproduzirem, conforme  as fitofisionomias já descritas acima.

Um dos grandes atrativos do parque são os cupinzeiros presentes em toda a sua extensão: por causa do processo de bioluminescência, proporcionam cenários fantásticos no período noturno, especialmente em noites de céu claro, em que as estrelas se somam aos pontos luminosos dos cupinzeiros e o resultado é um cenário mágico. Também oferece centenas de quilômetros de trilhas, passeio de bote, boia cross, ciclismo, passeio no carro Safari.

Apresenta Conselho Gestor e Plano de Manejo aprovado, o que implica em diretrizes bem definidas de gestão de sua área, além de participação de diversos setores da sociedade local na tomada de decisões.

Bioluminescência nos cupinzeiros.

Belíssima bioluminescência nos cupinzeiros no Parque Nacional das Emas, em Goiás.

Localização geográfica do Parna Emas.

Localização geográfica do Parna Emas.

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