Biologia da Paisagem

Colmos do bambu-verde.

Bambusa sp. – bambus

Nem  árvores, nem arbustos, os bambus compreendem um grupo de espécies exóticas, porém naturalizadas no Brasil, presente, principalmente, nos domínios do Cerrado e da Mata Atlântica brasileira, em formações savânicas, florestais deciduais ou florestais perenes, além de áreas antrópicas.

São caracterizadas por colmos (como são chamados seus caules) muito aparentes, ocos, espessos e lenhosos (duros), nas cores verde ou variegadas de amarelo, que sustentam uma planta altaneira, cujas folhas miúdas concentram-se próximo ao épice. O efeito ornamental da espécie se dá pela cor dos colmos e pelas grandes moitas que formam ao longo do tempo, além de prestar-se como cercas-vivas.


Conhecida como a “madeira do futuro” ou “madeira ecológica”, o bambu  apresenta-se como uma matéria-prima versátil, de rápida renovação, boas características físico-mecânicas e simplicidade de produção. É muito utilizado nas propriedades rurais para os mais variados fins: construção de estruturas rurais, paióis, escoramentos, esteiras com diversas utilidades, biomassa para energia, alimentação, artesanato, balaios e cestos, cercas, dentre outros.  Por esse motivo, foi criada a Lei Federal nº 12.484/2011, que instituiu a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu.


Devido à vida vegetativa muito longa e floração/frutificação extremamente raros, a reprodução ocorre, basicamente, por meios vegetativos, como secções de colmos, ramos laterais e/ou rizomas.

Dentro do gênero Bambusa, a espécie B. vulgaris é uma das mais utilizadas. Outras espécies de outros gêneros também são chamados popularmente de bambus. Em seu local de ocorrência, o bambu apresenta alelopatia em suas raizes, motivo pelo qual alguns bambuzais tornam-se tão grandes e densos, sem absolutamente nenhum outro vegetal em seus meandros.

Colmos do bambu-verde.

Detalhe dos colmos do bambu-verde.

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