Outro nome popular: xaxim;
Origem: Brasil;
Ecologia: Samambaia ou feto arborescente, pré-histórico (tem mais de 200 milhões de anos), típico de encostas úmidas e vales sombrios das regiões de altitude do sul e sudeste do Brasil (600 a mais de 2000m, de MG até o RS), tanto em Mata Atlântica Ombrófila densa quanto semidecídua (neste caso, principalmente associada a cursos d'água). Bastante resistente ao frio.
Faz parte da lista vermelha das espécies em extinção da flora de Minas Gerais (IBAMA), de forma que é protegida e de corte, exploração ou comercialização proibidos no país todo. Além da exploração desenfreada de seu tronco para produção de vasos e substratos (xaxim) para orquídeas e outras epífitas nas últimas décadas, ao retirar a planta de seu habitat natural e plantar em locais inadequados, ela morre rapidamente, diminuindo sua população in natura.
Como seu tronco é habitado por inúmeras espécies epífitas, sua queda populacional traz implicações sobre outras espécies vegetais. Atualmente, há outras opções para o xaxim, como as fibras do côco-verde e a casca dos pinheiros.
A planta é comum em áreas frescas, de altitude, onde as temperaturas amenas diminuem a evapotranspiração e permitem o crescimento distante dos cursos d'água. Aqui, ele aparece de forma mais típica, sob a sombra da mata fechada na região de Ravena, município de Sabará. RMBH. A região tem bioma de transição entre Cerrado e Mata Atlântica:
Porte: 2 a 4m de altura, porém há registros de indivíduos com até 10m e 1,2m de diâmetro de caule, tamanho atingido muito lentamente. Daí o nome samambaia + açu (grande, em tupi-guarani). Apesar do porte alto, não pode ser considerada árvore, já que não produz lenho;
Caule: não ramificado, marcado por cicatrizes foliares, rígido, espesso, ereto, fibroso (raízes externas), e de cor marrom;
Folhagem: folhas muito ornamentais, verdes, grandes e concentradas no ápice na forma de uma coroa de até 5m de comprimento; Detalhe da belíssima e grandiosa coroa de folhas e do caule com cicatrizes daquelas que já se soltaram;
Uso paisagístico: pouco utilizada no paisagismo devido à proibição de sua comercialização. É linda em seu habitat natural, apesar disso, pode ser, eventualmente, encontrada nos jardins.