Origem: Brasil, especialmente no Piauí e Maranhão;
Família: anacardiaceae;
Ecologia: espécie muito tradicional da cultura nordestina, de grande valor econômico e medicinal, rústica, decídua, muito comum e típica de áreas ensolaradas de regiões tropicais, como as dunas e campos do litoral norte do Nordeste brasileiro (domínio da Caatinga), região quente e ensolarada, porém sujeita a chuvas intensas em parte do ano. Apesar desta ocorrência restrita, é cultivado em todo o Brasil, com muito mais sucesso em solos secos e arenosos;
Porte: árvore de 5 a 10 m de altura (eventualmente, 20 m), de copa robusta e arredondada, sustentada por tronco robusto (até 40 cm de diâmetro) e tortuoso;
Folhagem: folhas ovais, coriáceas, glabras, róseas quando jovens e verdes depois, marcadas pela nervação principal evidente e as demais discretas;
Floração: inflorescências do tipo panícula, terminais, com pequenas e delicadas flores vináceas a verdes, masculinas ou hermafroditas, formadas entre o inverno e a primavera. As flores são perfumadas e atraem abelhas, sendo excelentes para a produção de mel;
Frutificação: formado entre a primavera e o começo do verão, é o grande destaque desta espécie, uma vez que a porção comestível, carnosa e suculenta não é o fruto verdadeiro, mas o pedicelo da flor intumescido (pseudofruto). Devido ao sabor e aroma agradáveis deste, é utilizado in natura, em sucos e doces. Apresenta características ornamentais, em formato de coração - o que inspirou seu nome científico “coração do ocidente” - e pode vir nas cores amarelo, laranja ou vermelho;
O fruto verdadeiro é a castanha ou amêndoa que segue o caju, cinza-escura, em formato de rim, a castanha-de-caju, comestível e de fácil germinação. Na prática, para a população, o que consumimos é chamado de “fruta” porém, do ponto de vista científico e botânico, o que comemos é o “cabinho” da flor hipertrofiado - um pseudofruto;
Cuidados: solos argilosos podem dificultar a produção de frutos;
Uso paisagístico: planta ideal para pomares urbanos ou rurais, especialmente se em cidades litorâneas, em virtude do seu pseudofruto muito saboroso.