Sinonímia: Caesalpinia ferrea var. leiostachya;
Origem: Brasil;
Ecologia: árvore nativa da Mata Atântica, em sua versão mais úmida (Floresta ombrófila densa), de ocorrência irregular e descontínua. Apesar de ser muito comum nas cidades brasileiras, é relativamente raro em ambiente natural, de forma que constitui um exemplo de conservação pelo paisagismo. Em recuperação de áreas degradadas, é uma excelente escolha, por crescer bem em áreas abertas. É tombada pelo Patrimônio em 1994;
Porte: 20 a 30 m de altura, bastante ramificada, de bela silhueta devido à boa proporção entre o tamanho do tronco e sua copa. O pau-ferro, além de atingir grande porte, pode ficar muito ramificado;
Tronco: sem dúvida, é o mais característico, o ornamental da espécie, liso e marmorizado, no qual as células jovens são mais claras, semelhantes ao que ocorre com as jabuticabeiras e goiabeiras e que combinam diferentes estilos que as células velhas e com diversos materiais de construção. Como o próprio nome já diz, o pau-ferro tem madeira dura, densa, durável e resistente, que foi usada pelos índios devido a estes atributos. Apresenta 50 a 80cm de diâmetro de tronco;
Folhagem: folhas verdes, compostas bipinadas, com folíolos pequenos em copa relativamente robusta, que fornece excelente sombreamento;
Floração: flores amarelas formadas no verão e outono, discretas, que não se destacam muito na copa (têm baixa a média importância ornamental) e atraem insetos polinizadores;
Frutificação: vagens pequenas e lenhosas de cor preta, que caem espontaneamente após maduras, com algumas sementes pretas dentro, de germinação facilitada após escarificação mecânica;
Uso paisagístico: é uma árvore muito comum na arborização de muitas cidades brasileiras (do nordeste ao sul), desde calçadas largas, canteiros centrais, praças e parques, além de jardins espaçosos. No cotidiano urbano, as pessoas normalmente olham somente para o tronco das árvores, de forma que o pau-ferro se mostra perfeito para as cidades, por ter, justamente no tronco, sua principal qualidade paisagística.
Pode combinar com qualquer estilo arquitetônico e fornece excelente sombreamento, de forma que sempre tem potencial para cenários paisagísticos urbanos incríveis, como ocorre na entrada da UFMG e, claro, na avenida Barbacena, uma das mais bonitas de toda a cidade, por esta característica. Uma avenida assim é um grande atenuante das indelicadezas do excesso de concreto das grandes cidades.