Biologia da Paisagem

Hura crepitans – assacu

Outros nomes populares: açacu, árvore do diabo, uassacú, catauá, no-perú, acaçu; 

 

Origem: Brasil, especialmente região Norte;

 

Família: Euphorbiaceae;

 

Ecologia: árvore de crescimento rápido, madeira leve e frágil e tronco espinhento (cheio de acúleos pequenos), muito utilizado, quando seco, na sustentação das muitas casas flutuantes dos rios da região, além de caixotaria.

 

Típica de áreas alagadiças ou inundáveis (igapós) da Amazônia brasileira, como beiras de rios, que enchem nas temporadas de chuva. Não a toa que, em BH, aparece com alguma frequência na orla da Lagoa da Pampulha, bem perto da água. Ela deve se sentir em casa: 

Árvore de assacú.

Assacú presente na frente do Parque Ecológico da Pampulha, na altura da estação de tratamento da Copasa.

Árvore de assacú.

Assacú presente na orla da Lagoa da Pampulha, em BH.

Árvore de assacú.

Na região da orla da Lagoa da Pampulha próximo do PIC ou paralelo à avenida Portugal, há muitos grandes açacús como esse.

Grande árvore de açacu.

Grande árvore de açacú na borda do Parque Ecológico da Pampulha/BH.

Um imponente assacú.

Um imponente assacú e seu fantástico sombreamento na pista de cooper da Lagoa da Pampulha (BH).

Assacú bem esbelto e altaneiro.

Assacú bem esbelto e altaneiro, de copa arredondada.

Grande assacú.

Grande assacú bem perto da água, na orla da Lagoa da Pampulha. Deve estar se sentindo em casa, já que é nativo de áreas inundáveis da Amazônia!

Porte: pode chegar a 40m de altura em ambiente natural, de tronco robusto, cheio e acúleos e de coloração parda. Em Belo Horizonte, na orla da Lagoa da Pampulha na altura do PIC (Pampulha Iate Clube), há indivíduos bem grandes, fotogênicos e de silhueta muito ornamental. O tronco muito aculeado lembra um pouco o das paineiras-rosa (Ceiba speciosa).


Folhagem: folhas verdes, lisas, sustentadas por longos pecíolos, de nervuras evidentes e bem arredondadas, e ápice pontiagudo;

 

Floração: flores masculinas (em inflorescências vermelhas do tipo espiga, como na foto a seguir) e femininas (solitárias) separadas, pequenas e pouco relevantes para o paisagismo; 

Frutificação: frutos pequenos, verdes, como uma pequena abóbora, que lançam suas sementes a longas distâncias quando abrem. São relativamente raros em Belo Horizonte, mas alguns se formam durante o inverno da cidade:

Cuidados: árvore de seiva muito tóxica, que pode provocar queimaduras graves quando em contato com a pele e cegueira se chegar no olho;

 

Uso paisagístico: pouco tradicionais no paisagismo, são ideais para praças, parques e áreas rurais. Eventualmente, aparecem na arborização urbana, como na orla da Lagoa da Pampulha, em diferentes pontos do Parque ecológico da Pampulha, algumas enormes, nas bordas dos bosques, e outras menores, no meio dos bosques. Fornecem excelente sombreamento.

Do outro lado da orla da Lagoa, na altura do PIC (Pampulha Iate Clube), há um conjunto de açacus que foram plantados há muito tempo, bem perto da água - imagino que sob o pretexto de aproximar de suas condições naturais de ocorrência. Ele chegam, pontualmente, a dominar a arborização na região.

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