Biologia da Paisagem

Flores do suinã.

Erythrina speciosa – mulungu do litoral

Outros nomes populares: eritrina, mulungu, corticeira; 

 

Origem: América do Sul, inclusive Brasil;

 

Família: Fabaceae, a família das leguminosas;

 

Ecologiaplanta decídua, de florescimento invernal, endêmica do Brasil, no domínio do Cerrado e da Mata Atlântica, em formações florestais densas, como as matas ciliares, e restingas - o que justifica seu principal nome popular. As raízes são pivotantes;

 

Porte: árvore ou arvoreta de porte baixo, em geral abaixo de 5m de altura, ramagem frágil e discreta, de folhas escassas. Para muitos, passa completamente despercebida, devido à copa irregular e pouco relevante, embora alguns indivíduos adquiram porte considerável: 

 

Folhagem: folhas verdes, coriáceas, bastante grandes, compostas por 3 folíolos em formato de losango, relativamente escassas ao longo do ano e ausentes no inverno, que formam copa pouco frondosa e de pouco sombreamento;

 

Floração: flores vermelhas muito ornamentais (daí o nome Eritrina, que vem de 'eritros: vermelho'), terminais, em formato de candelabro, formadas no inverno e começo da primavera, com a copa desprovida de folhas - característica excelente para identificação da espécie. Há variedades de flores róseas e brancas, difíceis de encontrar.

 

As imagens abaixo são um ótimo retrato do inverno belorizontino: ensolarado e azul, com as flores da eritrina intensamente vermelhas. São muito comuns na orla da Lagoa da Pampulha:

Detalhe da inflorescência vermelha do suinã

Inflorescências do suinã, com diversos pontos turísticos de BH ao fundo: Igreja da Pampulha, a própria Lagoa, Mineirão, Mineirinho e a Serra do Curral. 17/07/2022

Frutificação: frutos (vagens) negros, típicos da família, com sementes graúdas, também escuras, em seu interior;

 

Uso paisagístico: arvoreta ideal para pequenos espaços, devido ao porte baixo e pouco robusto, como jardins residenciais, ruas estreitas e canteiros. Em locais maiores, deve ser plantada em grupos, contexto que pode trazer um cenário invernal muito interessante, devido ao aspecto dramático da ramagem 'pelada' combinada com as flores vermelhas.

Suinã florido no inverno.

Suinã muito bem formado e florido durante meados do mês de Julho na orla da Lagoa da Pampulha (BH). 17/07/2022

Suinãs floridos.

Indivíduos floridos e muto bonitos junto da Casa do Baile, na orla da Lagoa da Pampulha. 20/07/2021

Suinã na orla da Lagoa da Pampulha.

Suinã na orla da Lagoa da Pampulha, com um pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) ao fundo. 24/06/2021

Suinã.

Suinã presente em área de terra firme da Lagoa da Pampulha, em BH. 28/08/2022

Suinã bem ornamental.

Suinã bem ornamental na frente da Residência Brutalista (Pampulha/BH). 21/01/2022

Mulungu florido.

Mulungu florido na orla da Lagoa da Pampulha/BH.

Mulungu arbustivo.

Mulungu arbustivo no Parque Lagoa do Nado/BH. 25/11/2021

Arborização com eritrinas.

Arborização com eritrinas junto da Praça da Assembleia, região centro-sul de Belo Horizonte. 03/08/2021

Suinã de grande porte.

Uma das maiores eritrinas que já encontrei na região da Pampulha, grande, bem formada e florida. Está localizada na praça Geralda Damata Pimentel. 26/06/2021

Grande suinã.

Grande suinã em sua fase vegetativa, na orla da Lagoa da Pampulha, próximo ao Zoológico. 24/06/2021

Suinã em meio a um grande maciço de taboas.

Suinã em meio a um grande maciço de taboas na Lagoa da Pampulha, em BH. 28/08/2022

Suinã florido.

Suinã florido no Parque Ecológico da Pampulha. 01/07/2021

Mulungu florido.

Mulungu florido no começo do mês de setembro (primavera) de 2023, em BH.

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