Origem: Brasil, principalmente a região Sudeste, a Bahia e o Paraná;
Família: Urticaceae;
Ecologia: árvore nativa colonizadora, perenifólia, dioica, pioneira, heliófita, de crescimento rápido, madeira pouco densa e ciclo de vida relativamente curto (20 anos), muito importante para a regeneração das matas. Aparece em abundância em formações secundárias (já perturbadas) ou em ambientes sob estresse do domínio da Mata Atlântica brasileira, como nas clareiras abertas sob o sol forte, onde cresce rápido e fornece sombra para o crescimento das árvores secundárias e terciárias. Por esse motivo, nas florestas mais densas, só aparecem em clareiras ou em suas bordas.
Seu tronco oco serve de habitat para formigas (gênero Azteca, também chamadas de “formigas de embaúba”) e pulgões, que nidificam nos entrenós e são muito importantes para a sobrevivência da árvore. Serve de alimento para o bicho-preguiça e outros animais. Dessa forma, é muito utilizada no reflorestamento;
Porte: árvore pouco robusta, de tronco ereto, anelado (marcado por cicatrizes das folhas antigas), cinza-esbranquiçado, fino (máximo de 30 cm de diâmetro) e levemente curvado, de 8 até 16 m de altura. Sua copa é mais ou menos corimbosa, pequena;
Folhagem: folhas grandes, alternas ou verticiladas, simples, discolores, coriáceas e muito ásperas (motivo pelo qual é utilizada como lixa de madeira), com 7 a 11 lobos profundos e erguidas por longos pecíolos. São verdes, mas apresentam os primórdios foliares vermelhos. São consumidas por bichos-preguiça;
Floração: flores pouco relevantes para o paisagismo, polinizadas pelo vento, formadas ao longo do ano, principalmente entre meados do inverno e a primavera;
Frutificação: infrutescências cilíndricas, como uma vagem, em que muitos frutos estão fundidos, verdes a amareladas e ramificadas, presente somente nas plantas fêmeas. Apresentam textura carnosa e sabor adocicado quando maduras, portanto comestíveis e consumidos por aves e outros animais, que dispersam sua grande quantidade de sementes;
Uso Paisagístico: assim como as outras embaúbas, não tem apelo ornamental significativo, até porque é praticamente subespontânea e sem valor comercial, porém, para muita gente, é um símbolo de resistência e resiliência. Sua silhueta é interessante e, devido ao porte singelo, pode ser plantada até nos menores espaços.