Origem: Brasil;
Família: Bignoniaceae, a mesma das bisnagueiras, jacarandás, ipezinhos-de-jardim, entre outras árvores e lianas ornamentais;
Ecologia: planta de ampla ocorrência na América tropical e subtropical, desde o México até a Argentina, com destaque para áreas florestais, de cerrado e até mesmo de caatinga no Brasil. Ou seja, vive desde em matas fechadas até áreas abertas, em ampla faixa térmica. É ideal para áreas de reflorestamento e/ou recuperação de áreas degradadas, especialmente em terrenos mais pobres, devido ao crescimento rápido, rusticidade e atração de animais como aves, abelhas e primatas.
Devido a sua beleza ímpar durante o curto período de floração, é culturalmente relevante para a população brasileira e, todos os anos, vira manchete em jornais e noticiários quando floresce durante o inverno. Algumas pessoas saem de casa somente para apreciar sua beleza, como ocorre na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, de forma que torna-se temporariamente um atrativo;
Porte: 8 a 12 m nas cidades e pode superar os 20 m em matas fechadas, de tronco ereto e escuro;
Folhagem: folhas verdes, grandes, compostas por 5 folíolos, em geral ásperos e irregulares, que caem totalmente no período da floração (árvore caducifólia ou caduca);
Floração: espetaculares inflorescências globosas terminais, umbelas em formato de "pompom" quase perfeito, nas cores rosa, lilás ou roxo, com interior amarelado, formadas com a copa despida de folhas entre o final do mês de maio e agosto, período de inverno, céu azul e, normalmente, dos menores registros térmicos do ano que, em Belo Horizonte, ficam entre 6 e 9ºC.
As flores dos ipês-roxo-de-bola podem ser vistas nas cidades por um tempo mais longo que o imaginário popular sugere. Normalmente, diz-se que duram somente 1 semana, mas esta constatação refere-se à floração intensa e mais ornamental da espécie. Flores discretas podem permanecer por várias semanas na copa das árvores e é possível, ainda, haver mais de 1 pico de floração intensa, como um em junho e outro em agosto;
Frutificação: vagens verdes, relativamente grandes, formadas ainda durante o inverno, que amadurecem na primavera e liberam muitas sementes aladas, dispersas pelo vento, que germinam espontaneamente nas primeiras chuvas da estação. Abaixo, imagens de partes da planta, como floração e frutificação:
Uso paisagístico: são muito comuns na arborização de grandes jardins, parques, praças, canteiros centrais e ruas em geral, especialmente se não houver fiação elétrica. Como suas folhas são caducas, é mais indicada para áreas de inverno ameno ou frio; São extremamente comuns em Belo Horizonte e, todos os anos, em algum momento do inverno, os moradores da cidade descobrem onde estão os ipês, que se destacam na paisagem urbana. A avenida Cremona, na Pampulha, amplamente arborizada por ipês também, ostenta grandes exemplares e um visual magnífico entre os meses de junho e julho. Assim como ao longo da orla da Lagoa da Pampulha e na Praça da Liberdade:
Avenida Heráclito Mourão de Miranda/BH. Julho 2023.